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Madeira

Chega-Madeira acusa Magna Costa de "postura egoísta e individualista"

Magna Costa, em baixo à esquerda na foto, já foi militante do PSD.  Foto Arquivo/DR/Chega
Magna Costa, em baixo à esquerda na foto, já foi militante do PSD.  Foto Arquivo/DR/Chega

Os três deputados do Chega-Madeira tomam hoje posição frontal contra as palavras da outra deputada, Magna Costa, que hoje em entrevista ao DIÁRIO, acusou os correligionários de ter sido excluída das negociações sobre o programa de governo. Num comunicado assinado por Miguel Castro, líder regional e líder do grupo parlamentar, Celestino Sebastião e Hugo Nunes, acusam de se autoexcluir, de ter "comportamento errático" e "indisciplina constante", bem como por assumir uma "postura egoísta e individualista".

"Ao contrário do que a deputada Magna Costa afirma, a mesma nunca foi excluída do grupo parlamentar, nem do seu funcionamento interno e externo", começam por desmentir. "Pelo contrário, a deputada, contínua e repetidamente, colocou-se à parte do grupo com o seu comportamento errático, com a sua indisciplina constante, com as recorrentes faltas de respeito para com os deputados do grupo e com a sua postura egoísta e individualista", acusam a ex-militante do PSD que se juntou ao Chega e foi, em 2021, candidata à Câmara Municipal de Machico pelo partido fundado por André Ventura.

Candidata do Chega quer "mostrar que é possível fazer mais e melhor" em Machico

A técnica superior da Administração Pública da Madeira Magna Costa, que foi militante do PSD, é a candidata do Chega em Machico e diz pretender "mostrar que é possível fazer mais e melhor" neste concelho.

E continuam: "Ao contrário do que a deputada Magna Costa afirma, o seu comportamento partidário e parlamentar está longe de ser correcto e muito menos exemplar. Aliás, quer na vida partidária, quer na vida parlamentar, a deputada insistiu e insiste em colocar-se num patamar de superioridade relativamente a todos os demais companheiros e deputados, agindo, muitas vezes, com notória leviandade, e, noutras tantas vezes, com indesculpável desdém quanto às noções mais básicas do trabalho em grupo, algo que não sabe, de todo, o que significa."

Num comunicado de cinco pontos, dizem ainda os três deputados que "ao contrário do que a deputada Magna Costa afirma, o líder do grupo parlamentar não impõe, nem nunca procurou, impor uma visão ou opinião sobre os demais membros do grupo parlamentar. Aliás, as decisões que emanam do grupo parlamentar são o fruto de análise interna e tomadas em articulação com as estruturas nacionais, processos dos quais a deputada se autoexcluiu por via dos seus atrasos constantes, recurso frequente a inverdades e atitude persecutória quanto a todos os que não concordam com a sua opinião".  

Se não era já evidente que a cisão é mais que certa, possivelmente passando a deputada para independente ou abdicando do mandato em favor de outro membro da lista, o restante do comunicado não deixa outra margem de interpretação: "Ao contrário do que a deputada Magna Costa afirma, o grupo parlamentar do CHEGA-Madeira está coeso nas suas decisões e esteve sempre em total sintonia com as estruturas nacionais, quer durante o processo de análise que resultou no voto do programa de governo, quer em todos os demais aspectos da vida parlamentar. Apesar do clima de toxicidade que a deputada tem procurado instalar no grupo com o seu individualismo, insensatez e inconstância, características já bem conhecidas nos meios partidários e parlamentares, os demais deputados estão focados em servir a Madeira e os Madeirenses."    

E concluem: "Ao contrário do que a deputada Magna Costa afirma, as estruturas nacionais do partido estão totalmente informadas das várias atitudes, públicas e não públicas, que a deputada tem tido ao longo da legislatura actual e passada, as quais muito têm contribuídos para cisões desnecessárias, conflitos evitáveis e embaraços dispensáveis. As referidas estruturas não compactuam, de todo, com as mesmas, como poderá ser aferido pelos canais próprios."