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Familiares de reféns bloqueiam autoestrada em Telavive exigindo acordo em Gaza

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Vários familiares dos 116 reféns que continuam detidos na Faixa de Gaza bloquearam hoje a autoestrada Ayalon, em Telavive, exigindo um acordo para a libertação dos sequestrados e o fim do atual Governo.

Um grupo formado por uma dezena de pessoas bloqueou a estrada, que estava repleta de veículos, durante cerca de 20 minutos e exibiram uma faixa com a frase: "Basta de Governo de Destruição".

Esse protesto foi replicado em algumas outras partes do país, como na autoestrada 4, perto de Netanya, onde um grupo de pessoas queimou pneus, exigiu um acordo para uma trégua e eleições antecipadas.

Estas manifestações acontecem horas depois de, na noite de quarta-feira, o grupo islamita Hamas ter confirmado que enviou aos mediadores do conflito em Gaza, Egito e Qatar, uma resposta atualizada à última proposta de trégua, que foi posteriormente partilhada com o Governo israelita.

Vários meios de comunicação israelitas garantiram hoje que essa é uma proposta positiva e que "poderia ser trabalhada" para a realização de um acordo de trégua, declarou uma fonte próxima das negociações à rádio pública israelita Kan.

Outros meios de comunicação, como o jornal Yedioth Ahronoth, sublinharam hoje as tensões entre o grupo de negociação e o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de altos responsáveis terem alegadamente culpado o chefe de governo e os seus ministros extremistas de tentarem frustrar qualquer acordo sobre os reféns.

Familiares dos reféns, como Simona Steinbreche - que é mãe de Doron, que foi sequestrada do kibutz Kfar Aza em 07 de outubro -, exigiram que Netanyahu não "destrua" a possibilidade de um acordo.

"Há reféns que estão a morrer e todos os dias tememos que mais pessoas sejam mortas no cativeiro", disse hoje Steinbrecher à rádio pública israelita.

"Muitas vezes, houve a sensação que um acordo seria alcançado em breve e, a cada vez, alguém o destrói", acrescentou.

Desde há meses, todos os sábados, familiares e ativistas antigovernamentais saem às ruas pedindo ao Governo israelita que os oiçam e devolvam os reféns. Segundo estimativas realizadas pelas autoridades norte-americanas, apenas 50 estão vivos em Gaza.