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Bolívia deverá oficializar entrada no Mercosul na segunda-feira

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Foto Shutter Stock

A Bolívia deverá concluir o seu processo como membro pleno no bloco do Mercosul durante a cimeira de chefes de Estado na segunda-feira no Paraguai, disse hoje fonte da diplomacia brasileira.

Em conferência de imprensa em Brasília, no Palácio Itamaraty, a secretária de América Latina e Caribe, Gisela Padovan, anunciou que o grande tema da cimeira do Mercosul no Paraguai "será a conclusão do ingresso da Bolívia".

O Mercosul passará assim a ter Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia como membros, já que a Venezuela se encontra suspensa.

Na mesma ocasião, a diplomacia brasileira indicou que o país estaria disposto a apoiar a abertura de negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China, como proposto pelo Uruguai, se estas negociações forem realizadas pelo bloco como um todo.

O Uruguai assumirá a presidência semestral do bloco na cimeira que se realizará na próxima segunda-feira no Paraguai e já deixou claro que pretende insistir na negociação de um acordo comercial com a China, o que já começou a fazer por conta própria, embora esteja impedido de o fazer pelas regras do bloco.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, bem como os chefes de Estado paraguaio, Santiago Peña, e uruguaio, Luis Lacalle Pou, e outros chefes de Estado de países associados já confirmaram a sua presença.

Já o chefe de Estado argentino, Javir Milei, não deverá estar presente e é esperado no Brasil no sábado para participar num evento que reúne políticos conservadores, o CPAC [Conservative Action Policy Conference] do Brasil, na cidade de Balneário Camboriú, e onde se reunirá com o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Depois da reunião no Paraguai, Lula da Silva é esperado na terça-feira na Bolívia e vai encontrar-se com o homólogo boliviano, Luis Arce, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, depois de ambos participarem na cimeira do Mercosul.

O objetivo é reforçar relações com a Bolívia em temas como energia, segurança das fronteiras, comércio e combate ao crime organizado.

Lula da Silva aproveitará ainda a oportunidade para reiterar apoio à democracia boliviana, na sequência da tentativa de golpe de Estado da semana passada, em que um grupo de militares se insurgiu contra o Governo de Luis Arce.