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UE apela ao fim da repressão política na Venezuela após eleições

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A União Europeia (UE) apelou hoje ao fim da repressão política e das detenções na Venezuela, na sequência das eleições que reconduziram Nicolás Maduro na presidência do país, resultado que a oposição contesta e a comunidade internacional quer verificar.

"As autoridades da Venezuela devem pôr fim às detenções, repressão e retórica violenta contra membros da oposição", escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, numa mensagem divulgada na rede social X.

Borrell salientou ainda que as ameaças contra membros da oposição política ao regime de Caracas "são inaceitáveis", referindo que as "autoridades e forças de segurança devem garantir o respeito pelos direitos humanos".

A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país contra os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), quando proclamou oficialmente a recondução de Nicolás Maduro como Presidente, para o período 2025-2031.

A contestação nas ruas venezuelanas está a ser marcada por confrontos, existindo registo de vítimas mortais e de centenas de detenções.

De acordo com os dados oficiais do CNE, Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.

O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.

A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais realizadas no domingo passado, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.

Os resultados estão também a ser questionados por parte da comunidade internacional, que está a pedir para serem publicadas as atas das mesas eleitorais, de forma a serem verificados os dados do escrutínio anunciados oficialmente.