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Madeira

PS denuncia que vítimas do incêndio na rua das Mercês ainda estão desalojadas

Partido pede resposta ao Governo Regional

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O PS Madeira denuncia que as cerca de 30 pessoas desalojadas na sequência de um incêndio ocorrido a 16 de Maio na Rua das Mercês ainda não têm uma resposta social definitiva. 

Em nota emitida, o grupo parlamentar do partido critica que "passados dois meses e meio desde o incêndio" as vítimas continuam "em situação provisória e precária, algumas ainda a pernoitar no Pavilhão dos Trabalhadores" e exige explicações à secretária regional da Inclusão Social, Trabalho e Juventude. 

Como recorda a deputada Isabel Garcês, o referido incêndio ocorreu no dia 16 de Maio, deixando desalojadas cerca de 30 pessoas com carências financeiras, que residiam no referido edifício com o apoio da Segurança Social, sendo que dessas, 12 "encontraram soluções habitacionais precárias junto de familiares e amigos, tendo a Segurança Social encontrado uma solução temporária para as restantes 18, que permaneceram no Centro de Juventude durante dois dias". 

Ora, após estes dois dias no Centro de Juventude, estas pessoas foram transferidas para o Pavilhão dos Trabalhadores, em Santo António, mas, como revelam, foram pressionadas pelos técnicos da Segurança Social a encontrarem uma solução para o seu alojamento, pois também teriam de sair deste espaço. Efetivamente, onze destes cidadãos encontraram soluções muito precárias e provisórias, tendo saído do Pavilhão, mas ali ainda permanecem sete pessoas, algumas delas idosas, com problemas de saúde e sem recursos para poderem sair desta situação. Isabel Garcês

A socialista lembra que, entretanto, a presidente do Instituto de Segurança Social da Madeira afirmou que estava a ser trabalhada uma solução para estas pessoas, que se deveriam inscrever na Investimentos Habitacionais da Madeira e na Sociohabitafunchal, garantindo que o seu realojamento seria considerado prioritário.

A deputada socialista alerta para a urgência de solucionar o problema dos cidadãos transferidas para o Pavilhão dos Trabalhadores, em Santo António, mas também dos restantes que foram obrigados a encontrar alternativas "sem apoio da Segurança Social". 

Os socialistas exigem esclarecimentos de Ana Sousa, titular da pasta da Inclusão Social e, nesse sentido, deram entrada a um requerimento na Assembleia Legislativa da Madeira, questionando a governante sobre que planos de contingência estavam em vigor à data e que planos existem no presente para responder cabalmente a este tipo de tragédias, bem como que esforços desenvolveu a Segurança Social para encontrar habitação condigna e outros tipos de apoio para as vítimas deste incêndio.

“Qual será o futuro das pessoas que ainda se encontram no Pavilhão dos Trabalhadores? Quanto tempo mais irão permanecer no Pavilhão? Vão ser realojadas numa habitação da IHM?”, indaga o PS.