Chega "preocupado" com disparidade social pede medidas "urgentes" de combate à pobreza
O Chega Madeira denunciou esta terça-feira, 30 de Julho, "a persistência de níveis altos de pobreza na sociedade madeirense", afirmando que o sector económico "está a gerar e a aprofundar desigualdades sociais".
Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, assumiu-se hoje "preocupado" com a realidade regional constatada durante uma acção de contactos com a população, que decorreu no Funchal e que contou com a presença do líder da bancada parlamentar do partido na Assembleia da República, Pedro Pinto, do presidente do Chega Madeira, Miguel Castro, e dos demais deputados eleitos à Assembleia Legislativa da Madeira.
O parlamentar madeirense reconheceu que a pobreza não é um problema exclusivo da Região, afectando, disse, "cerca de dois milhões de portugueses, o que corresponde a cerca de 17% da população", no entanto, "o desafio é maior na Madeira, onde se regista o nível mais de risco de pobreza em todo o País, atingindo cerca de 27% de toda a população", alertou.
“São mais de 70 mil os madeirenses que vivem sem dignidade, pois auferem menos de quinhentos e noventa euros por mês. Isto acontece no meio de nós e na mesma sociedade onde várias empresas estão a registar lucros de milhões. Estas disparidades envergonham-nos e exigem soluções urgentes e concretas", declarou Francisco Gomes.
Segundo o parlamentar, muita da pobreza regional "não está reflectida nos dados estatísticos", apontando para a pobreza escondida que afecta famílias com trabalho: "Isto revela a precaridade do mercado laboral, que continua a ser dominado pelos baixos salários, pela falta de reconhecimento de quem trabalha e pela falta de oportunidades para os jovens".
Há famílias em que os dois adultos trabalham a recorrer a ajudas alimentares e sem conseguir pagar contas básicas. Há muita pobreza escondida e os jovens estão entre as camadas mais vulneráveis, não só pela falta de trabalho, mas também pelos salários baixos, contratos precários e falta de habitação, que impedem a sua entrada plena na vida adulta. Francisco Gomes
Para fazer face ao problema social da pobreza, o deputado do Chega aponta para a criação de medidas de benefícios fiscais para famílias e jovens casais, isenção de garantias bancárias para jovens que queiram comprar a primeira habitação, redução de impostos para empresas que contratem quadros à procura do primeiro emprego e combate acérrimo ao desemprego, aos baixos salários e ao emprego precário.
A Madeira tem de ser uma terra de oportunidades para todos e não para apenas alguns, nascidos numa família rica. Aqueles que são ambiciosos, empenhados e trabalhadores têm de ter cá uma oportunidade para singrar, pois, se assim não for, estaremos apenas a criar uma terra injusta, habitada por gente pobre e sem horizontes, que é algo que deveria fazer reflectir certa classe política. Francisco Gomes