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Madeira

"Não podemos continuar na Região com um modelo económico assente nos baixos salários"

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O PCP realizou hoje uma acção de contacto com a população no centro do Funchal, para defender a valorização dos salários.  "Não podemos continuar na Região com um modelo económico assente nos baixos salários", disse dirigente do PCP Ricardo Lume no final da iniciativa. 

Na nossa Região apesar do propalado crescimento económico, aumenta o número de trabalhadores  no limiar da pobreza, são 17%, mais de 22 mil madeirenses, mulheres e homens  que mesmo trabalhando oito ou mais horas por dia,  o salário que levam para casa ao fim do mês  não dá para fazer face às despesas básicas da sua família. Mas também existem milhares de trabalhadores que apesar de terem rendimentos superiores ao limiar da pobreza,  estão a perder poder de compara e a empobrecer".  Ricardo Lume

Diz ainda que "não é aceitável que os trabalhadores que são os principais criadores de riqueza na Região estejam a viver no limiar da pobreza ou estejam a empobrecer, incluindo muitos micro e pequenos empresários que se encontram nesta situação". 

Ricardo Lume denunciou que "o actual quadro político da Região não está a dar resposta aos problemas dos madeirenses e porto-santenses e está a agravar a política de exploração que empurra milhares de madeirenses para a pobreza e a exclusão social". 

O dirigente comunista defendeu que "é necessário, útil e urgente garantir uma justa distribuição da riqueza através da valorização dos salários". 

É justo, porque o que sobra em lucros para muitos poucos, falta a quase todos para responder às necessidades das nossas vidas; é necessário para fazer face ao custo de vida, na alimentação, habitação, transportes ou comunicações; é útil para dinamizar a economia e o emprego; é urgente uma emergência regional face às injustiças crescentes e à fuga de centenas de jovens que procuram melhor vida no estrangeiro".  Ricardo Lume

Ricardo Lume concluiu afirmando que "na Região é necessário criar um amplo movimento popular e social na defesa da valorização dos salários, que defina um  aumento salarial  de 15% para todos os trabalhadores, aumento que não pode ser inferior a 150 euros, assim como é necessário garantir que na Região nenhum trabalhador aufira um salário inferior aos 1000 euros já em 2024". 

E reforçou: "Os madeirenses e porto-santenses sabem que podem contar como o PCP na justa luta pela valorização dos rendimentos dos trabalhadores".