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Trump concorda em ser ouvido pelo FBI sobre atentado

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O ex-Presidente dos EUA Donald Trump concordou em ser ouvido pelo FBI numa investigação sobre o atentado de que foi alvo na Pensilvânia, segundo um agente especial da agência norte-americana.

A esperada audição com o também candidato presidencial republicano faz parte do protocolo padrão do FBI para falar com as vítimas no decurso das suas investigações criminais.

Na sexta-feira, o FBI tinha revelado que Trump foi atingido por uma bala ou por um fragmento de uma bala durante a tentativa de assassínio, em 13 de julho, num comício de campanha em Butler, Pensilvânia.

"Queremos saber a sua perspetiva sobre o que observou", disse Kevin Rojek, agente especial do FBI em Pittsburgh.

"Trata-se de uma audição padrão com a vítima, como faríamos com qualquer outra vítima de crime, em quaisquer outras circunstâncias", explicou o agente.

Através de cerca de 450 entrevistas, o FBI desenvolveu um retrato do atirador, Thomas Matthew Crooks, que revela que era um jovem de 20 anos "altamente inteligente", mas recluso, cujo principal círculo social era a sua família e que mantinha poucos amigos e conhecidos ao longo da sua vida.

O FBI não conseguiu descobrir o motivo pelo qual o autor do atentado escolheu atacar Trump, mas os investigadores acreditam que o tiroteio foi o resultado de um extenso planeamento, incluindo a compra nos últimos meses de precursores químicos que os investigadores acreditam terem sido utilizados para criar os dispositivos explosivos encontrados no seu corpo.

Segundo a agência norte-americana, Crooks também procurou 'online' informações sobre tiroteios em massa, engenhos explosivos improvisados, centrais elétricas e a tentativa de assassinato, em maio, do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

O FBI disse ainda que, em 06 de julho - dia em que Crooks se registou para participar no comício de Trump - pesquisou no Google: "A que distância estava Oswald de Kennedy?", numa referência a Lee Harvey Oswald, o atirador que matou o Presidente John F. Kennedy, em 22 de novembro de 1963.

Os pais do autor do atentado têm sido "extremamente cooperantes" com os investigadores, disse Rojek, explicando que eles não tinham conhecimento da preparação do ataque, numa versão que o FBI considera credível.