JPP denuncia abandono do Forte de S. Tiago "com o beneplácito do Governo"
O Juntos Pelo Povo denunciou, hoje, o estado de abandono da Fortaleza de São Tiago, considerando que tal acontece com a conivência do Governo Regional. O partido indica que historiadores, investigadores e especialistas na área da cultura manifestam preocupação pelo “Património em abandono” e degradação de algumas das construções mais simbólicas da História da Madeira.
O partido lembra que este é um edifício construído no início do século XVII e seguintes, "onde funcionou até 2015 o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, entretanto transferido para o Centro das Artes – Casa das Mudas, no concelho da Calheta".
O Forte de S. Tiago “está votado ao mais completo abandono”, lamentam, e apontam o dedo ao Governo Regional e à entidade privada com negócio ali instalado: “Para agravar a situação, o Restaurante Fortaleza vai, abusivamente, tomando conta dos espaços do monumento histórico, se expandido, com o beneplácito da tutela da Secretaria da Economia, Turismo e Cultura.”
O JPP lembra que está há muito prometida a instalação do Museu de Arqueologia da Madeira, “mas as obras não avançam, vai-se protelando a decisão e o edifício vai, paulatinamente, se degradando”.
O JPP instiga a Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura a por fim a este "desleixo e colocar regras de utilização do espaço, sob pena de não respeitar o imóvel e contribuir para a sua degradação física e visual".
O partido dá conta de que, numa consulta ao Orçamento da Região, não encontrou qualquer dotação financeira para as obras do prometido Museu de Arqueologia da Madeira e que mesmo as verbas destinadas à protecção, conservação e valorização do património cultural, museológico e religioso são escassas.