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"Nem Portugal nem a Europa devem legitimar Nicolás Maduro"

Luso-venezuelana Lídia Albronoz foi observadora nas eleições de ontem

Com a equipa que faz parte da oposição venezuelana desde 2010. Ver Galeria
Com a equipa que faz parte da oposição venezuelana desde 2010.

“Aconteceu o que tristemente temíamos, novamente há fraude nas eleições na Venezuela, depois de tudo o que vimos nos últimos dias nas ruas da Venezuela, manifestações de apoio a favor de o candidato Edmundo é impossível que Nicolás Maduro e o seu regime ganhe", refere Lídia Albronoz, luso-venezuelana que reside na Madeira e que foi observadora no acto eleitoral que decorreu ontem.

Lídia Albronoz, uma das impulsionadoras da manifestação que se realiza pelas 18h no Funchal, sublinha que as eleições não decorreram "num sistema democrático" e que o descontentamento do povo "poderá acabar numa tragedia terrível". A ex-residente daquele país que acolhe uma grande comunidade madeirense assegura que "só quem vive na Venezuela sabe das coisas terríveis a que muitas pessoas são submetidas, cortes de electricidade propositadas em cidades onde as temperaturas ultrapassam os 45 graus, corte de água, preços super elevados onde quem ganha menos de 10 dólares consegue comprar seja lá o que for".

Lídia Albronoz não duvida de que o "povo da Venezuela precisa com urgência da intervenção internacional. Venezuela Livre".

Por fim faz um apelo: "Nem Portugal nem a Europa devem legitimar Nicolás Maduro, depois de terem sido impedidos (deputados do Parlamento Europeu) de entrar na Venezuela".

Lídia Albronoz emigrou para Venezuela quando tinha 8 anos, onde esteve 20 anos, tendo casado com um venezuelano, de quem teve dois filhos. Foi professora durante anos na Venezuela e depois de regressar à Madeira enveredou pelo ensino.