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A Guerra Mundo

Milhares de ucranianos recordam soldados e pedem libertação dos prisioneiros

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Milhares de civis e soldados manifestaram-se ontem em Kiev para pedir ao Governo que garanta a libertação dos prisioneiros de guerra detidos pela Rússia, no decurso de uma cerimónia em que se lembraram militares mortos.

O protesto decorreu na Praça da Independência em Kiev nas celebrações do segundo aniversário de uma explosão que matou mais de 50 militares ucranianos detidos na prisão de Olenivka, indica a agência noticiosa Associated Press (AP).

Diversos intervenientes exortaram o Governo ucraniano a adotar mais medidas para libertar os detidos numa ampla troca de prisioneiros.

A explosão de Olenivka é considerada uma das mais dolorosas páginas da guerra, de acordo com muitos soldados.

Mais de 300 soldados da brigada Azov escutaram as palavras do sargento Kyrylo Masalitin, posteriormente libertado de Olenivka, antes de ser celebrada uma oração e erguidas bandeiras da unidade em homenagem aos mortos e detidos.

A Rússia alegou que a explosão em Olenivka foi provocada por forças ucranianas que dispararam um míssil que atingiu as instalações. No entanto, e de acordo com uma investigação da AP, foram as forças russas que provocaram a explosão.

Dois anos após este incidente, muitos ucranianos ainda procuram saber o que sucedeu. A manifestação de hoje em Kiev juntou pessoas que celebraram Olenivka com outras que protestam pelo detenção, pelas forças russas, dos soldados ucranianos que defenderam o complexo metalúrgico de Azovstal e foram feitos prisioneiros quando a Rússia ocupou a cidade de Mariupol em 2022.

Pelo menos 900 soldados da brigada Azov permanecem detidos pela Rússia. A campanha "Libertem Azov" tem promovido vigílias semanais que exortam o Governo do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a negociar uma troca de prisioneiros.

O evento no centro de Kiev reuniu muitas famílias, incluindo as mães, mulheres e filhos dos soldados mortos em Olenivka ou que permanecem detidos pela Rússia.