As movimentações dos carros, dos pilotos, dos elementos das equipas de assistência, equipamentos e peças. Os parques fechados e de assistências, as verificações técnicas, as sessões de autógrafos, o incessante e repetido roncar dos motores no início de cada prova especial de classificação e a velocidade com que percorrem as estradas da nossa belíssima ilha da Madeira. Há gerações e gerações de Madeirenses que procuram, respiram e vivem intensamente cada momento, cada detalhe acima enumerado. Muitos, desde as primeiras edições, na década de 60 do século XX. A prova rainha do automobilismo regional – a mais antiga do calendário do Campeonato de Portugal de Ralis – move, todos os anos, por toda a ilha, milhares de aficionados, não sendo raro, inclusive os que lhe dedicam, por inteiro, o primeiro fim-de-semana de agosto. É assim a cada edição. O Rali Vinho da Madeira é um fenómeno singular da nossa vivência coletiva, que só pode ser explicado pela paixão.  E é, por tudo isto, sem dúvida, o evento desportivo cimeiro da nossa Terra. Estou certo de que a 65ª edição será mais uma oportunidade para os Madeirenses expressarem as suas profundas ligações ao RVM. Faço votos que todos o vivam entusiasticamente, sem descurar a segurança para que se cumpra mais uma edição em ambiente de grande festa. Miguel Albuquerque