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Oposição determinada a defender-se de Maduro "até ao último voto"

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O candidato presidencial venezuelano Edmundo González garantiu hoje que a oposição que representa está pronta "para defender até ao último voto" a eleição contra o Presidente Nicolás Maduro, que procura um terceiro mandato.

"Estamos prontos para defender até ao último voto", disse à imprensa depois de votar em Caracas, afirmando estar "convencido de que as Forças Armadas vão garantir que a decisão do povo será respeitada".

Cerca de 21 milhões de venezuelanos elegem hoje o seu presidente para os próximos seis anos. As filas à porta de muitas assembleias de voto começaram a formar-se logo de manhã e as urnas estarão abertas até, pelo menos, às 18:00 locais (22:00 TMG), sendo os resultados esperados durante a noite. Tendo em conta a grande afluência às urnas, as mesas de voto poderão, no entanto, permanecer abertas durante mais tempo, tal como previsto na lei.

Os especialistas acreditam que a afluência às urnas é uma das chaves das eleições, com a oposição a precisar de uma grande afluência para ganhar.

"Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os comunicados oficiais, e farei com que sejam respeitados", afirmou hoje Maduro depois de votar em Caracas.

A oposição, porém, tem alertado para riscos de fraude ou manipulação dos resultados eleitorais.

Maduro descreveu estas eleições como o culminar de uma "batalha permanente entre o bem e o mal (...), entre aqueles (...) que querem violência e aqueles que amam a Venezuela, que resistiram a todas as tempestades e querem continuar a avançar em harmonia".

Muito aplaudido na mesa de voto onde chegou ao final da manhã, Gonzalez Urrutia, para além de manifestar a determinação da oposição em "defender" esta eleição "até ao último voto", afirmou que "a única notícia importante é que milhões de venezuelanos em todo o país estão a exercer o seu direito de decidir".

Dez candidatos estão a concorrer, mas as eleições irão resumir-se a um duelo entre Maduro, 61 anos, e o discreto González Urrutia, 74 anos, que substituiu a carismática líder da oposição, Maria Corina Machado, num curto espaço de tempo, quando esta foi declarada inelegível.

As sondagens têm apontado para uma vitória folgada da oposição, mas alguns observadores preveem uma disputa renhida. O regime, por seu lado, está confiante na vitória. A maioria das sondagens estima que Maduro não obterá mais de 30% dos votos, enquanto a oposição deverá obter entre 50 e 70%.

Uma das chaves pós-eleitorais será a atitude do aparelho de segurança. "As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas apoiam-me", garante Maduro; já Gonzalez Urrutia manifesta-se "convencido de que as forças armadas garantirão que a decisão do povo será respeitada".