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Meio milhar na fila em Barquisimeto para votar

Vídeo partilhado com o DIÁRIO por emigrante madeirense na Venezuela elucida a forte mobilização às urnas

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O tempo de espera, esta manhã, era de 2 a 3 horas, descreve José Luís Santos

As eleições na Venezuela estão a ser marcadas por uma forte mobilização dos cidadãos nacionais, nomeadamente a comunidade madeirense radica.

Um vídeo gravado pelo emigrante madeirense José Luís Santos, e partilhado com o DIÁRIO, é disso revelador. Conforme narra o próprio, às 9 horas da manhã deste domingo, cerca de meio milhar de pessoas aguardavam em fila pelo momento para votar, numa assembleia de voto em Barquisimeto, no estado de Lara.

O tempo de espera é, em média de 2 e 3 horas, mas isso não demove o entusiasmo com que os cidadãos venezuelanos têm acorrido às urnas para exercer o direito de voto.

Para já, tudo tem decorrido de forma ordeira e serena. José Luís Santos manifesta, neste vídeo, o desejo de que esta forte mobilização continua em clima de paz e tranquilidade, para que o povo seja soberano na decisão e que os resultados sejam aceites com sentido democrático, independentemente do vencedor.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, destacou a participação dos cidadãos nas eleições presidenciais de hoje, apesar de "tantas agressões" contra a democracia do país a partir do exterior, sem explicar ao que se referia.

"Vimos isso hoje, longas filas, longas manifestações, vimos um povo que saiu às ruas para expressar os seus direitos, para exercer a sua democracia como manda a Constituição bolivariana", disse Gil em declarações à imprensa.

Também pediu aos venezuelanos que saiam às ruas e votem em massa para "preservar os valores democráticos" e a Constituição.

"Custou-nos muito chegar aqui depois de tantas agressões; de fora quiseram manipular-nos, de fora quiseram proteger-nos, quiseram aplicar fórmulas imperialistas, fórmulas neo-coloniais, no entanto (...) aqui vemos mais uma manifestação deste povo corajoso", acrescentou.

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros salientou que, depois de "tantas hostilidades" contra a democracia venezuelana, tudo se manteve dentro da Constituição e da "legalidade", continuou o responsável sem especificar.

O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, disse hoje que o chavismo reconhecerá os resultados se o seu candidato, Nicolas Maduro, perder as eleições presidenciais.

"Este é o jogo democrático (...). Quem ganhar é reconhecido. Agora, é bom fazer esta pergunta aos setores da oposição, que ainda não disseram que vão reconhecer (...). Convidamo-los a vestir o fato da democracia (...). É (como) um jogo de basebol: Ganha-se ou perde-se", disse Cabello a partir do estado de Monagas, no nordeste do país, quando questionado sobre o assunto.

Nestas eleições, Maduro, que procura o seu terceiro mandato de seis anos como Presidente, vai competir com outros nove candidatos, incluindo Edmundo González Urrutia, o candidato da maior coligação da oposição, a Plataforma Democrática Unida, que concorre pela primeira vez.