Combater as invasoras "requer um planeamento a longo prazo", diz o PAN
No âmbito do Dia Internacional da Conservação da Natureza, o Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Madeira reforça a sua dedicação à protecção e preservação do ambiente no arquipélago.
Nesse sentido, diz que "as espécies invasoras representam um dos maiores obstáculos à conservação da natureza na Madeira", dificultando "a recuperação do coberto vegetal nativo" e contribuindo para "a proliferação de incêndios".
No seu entender, "combater as invasoras é uma tarefa complexa que requer um planeamento a longo prazo, mas é urgente que o aconteça, pois irá permitir à região recuperar a sua capacidade de garantir água e manter os solos".
O partido considera "importante dividir e parcelar algumas áreas públicas afectadas por invasoras, concedendo a sua gestão a organizações ambientais privadas. Exemplos de sucesso, como a Associação dos Amigos do Parque Ecológico no Cabeço da Lenha, demonstram a eficácia desta abordagem".
Refere também ser necessário implementar um sistema de pastoreio controlado com cercados móveis em áreas menos sensíveis. E, prossegue o partido, "à medida que as zonas são limpas, realizar sementeiras e plantações de espécies nativas de crescimento rápido para cobrir a área e impedir a germinação das invasoras".
Segundo o PAN, importa ainda "lançar campanhas de sensibilização para informar que espécies como o eucalipto e a acácia não fazem parte da flora nativa da região e que têm um impacto negativo no nosso meio natural".
"A conservação da natureza passa necessariamente por conhecê-la. A Madeira, com a sua orografia acidentada, enfrenta desafios únicos que exigem um planeamento cuidadoso e abordagens inovadoras," afirma Mónica Freitas, porta-voz regional do PAN.
O PAN acredita que, com estas medidas, a Região pode liderar pelo exemplo na Macaronésia e contribuir significativamente para a conservação global da natureza.