28 de julho: ventos de mudança na Venezuela?
Permitam-me ficcionar uma pequena história que espero que se torne realidade já no próximo domingo (hoje) para o povo venezuelano, que para os madeirenses deve ser tão querido e amado.
“… No meio duma tensão crescente, Lídia, uma jovem estudante de jornalismo, decidiu que era hora de fazer a sua parte. Crescida numa Venezuela marcada pela crise, Lídia viu de perto o sofrimento da sua família e amigos. Decidida a documentar a luta do seu povo, Lídia voluntariou-se para cobrir as eleições para um pequeno jornal independente.
Na manhã das eleições, Lídia acordou cedo, equipada com um pequeno smartphone e um bloco de notas. Lídia sabia que aquele dia seria longo e cheio de desafios. A sua primeira paragem foi num centro de votação em Caracas. À medida que se aproximava, via as longas filas de eleitores que esperavam pacientemente para votar.
Muitos dos rostos mostravam cansaço, mas também havia muita determinação nas pessoas que esperavam na fila. Lídia entrevistou alguns eleitores, que partilharam as suas esperanças e medos. Um senhor idoso, com olhos cheios de lágrimas, falou sobre a Venezuela que ele conheceu na juventude, próspera e cheia de oportunidades. “Eu espero viver para ver o meu país de pé novamente,“ disse ele.
Enquanto Lídia procurava fazer o seu trabalho, notava-se a presença de forças policiais nas proximidades. A tensão no ar era palpável. Lídia sabia que a repressão governamental era real e que qualquer indício de descontentamento poderia ser violentamente reprimido.
No final do dia, Lídia voltou para a redação do jornal. Cansada, mas inspirada pelas histórias que ouviu, Lídia começou a escrever o seu artigo. A noite avançava enquanto Lídia digitava furiosamente, determinada a dar voz àqueles que encontrou.
Na noite das eleições, os resultados começaram a ser divulgados. O povo venezuelano saiu em massa para as ruas. A atmosfera era de antecipação e nervosismo.
À medida que as horas passavam, tornou-se claro que a participação eleitoral havia sido massiva.
Quando os resultados foram anunciados, um grito de alegria ecoou pelas ruas de Caracas e de muitas outras cidades venezuelanas. Nicolás Maduro havia sido derrotado.
María Corina Machado tinha conseguido uma vitória histórica, simbolizando a rejeição do
regime autoritário e a esperança de um novo começo.
Lídia foi rapidamente para o meio da multidão e procurou documentar cada momento. As pessoas cantavam, choravam e abraçavam-se, celebrando o que parecia ser o início de uma nova era para a Venezuela. Apesar dos desafios que ainda viriam, aquele momento era de pura euforia e esperança.
O artigo de Lídia foi publicado na manhã seguinte, com um relato sincero e comovente da esperança e da resiliência do povo venezuelano. Através das suas palavras, Lídia transmitiu ao mundo a urgência da situação, destacando a necessidade de apoio internacional e a importância de uma verdadeira mudança democrática.
Nas semanas seguintes, o país começou a trilhar o difícil caminho da reconstrução.
Lídia continuou a sua missão de documentar e informar, agora com um sentimento renovado de esperança e propósito. Lídia sabia que a luta estava longe de terminar, mas pela primeira vez em muito tempo, havia uma luz no fim do túnel.
A vitória de María Corina Machado marcou não apenas uma mudança política, mas também o renascimento de uma nação que, apesar de todas as adversidades, nunca desistiu de lutar por um futuro melhor.”
Pela liberdade e pela democracia, que no próximo domingo, 28 de julho, o povo venezuelano saiba “Fazer a Diferença!”
José Augusto de Sousa Martins