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Madeira

"Privatização do lar da Bela Vista foi a pior coisa que aconteceu", aponta BE

Partido defende um inquérito ao processo que classifica como "monopolista e rentista"

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O Bloco de Esquerda denunciou este sábado, 27 de Julho, "a situação grave" em que se encontra o Lar da Bela Vista.

Numa iniciativa realizada hoje junto ao Mercado dos Lavradores, o partido deu conta que tem recebido relatos de "refeições tomadas a horas tardias; de atrasos na toma da medicação; de falta de água quente para banhos; de falta de pessoal para garantir a higiene dos utentes; do cansaço extremo dos profissionais que ali trabalham devido à redução drástica do número de trabalhadores enquanto o número de utentes se mantém". 

O Bloco de Esquerda considera que "a privatização do lar da Bela Vista foi a pior coisa que aconteceu às pessoas que ali vivem e trabalham, estando em causa a sua dignidade, assistência e segurança", acusando a Segurança Social, "a quem compete fiscalizar os lares", de inacção. 

Perante as denúncias graves que têm surgido, e de que o Bloco de Esquerda tem vindo a dar nota publicamente também, perguntamos que acções têm sido tomadas pela Segurança Social e pela Secretaria da Inclusão para resolver esta situação e garantir a dignidade e a qualidade dos serviços prestados à nossa população mais idosa e vulnerável? Quais as acções de fiscalização realizadas e suas conclusões? BE M

O partido entende que a privatização do estabelecimento é "uma decisão incompreensível", tendo em conta a existência de "verbas do PRR", pelo que classifica o processo de estar "envolto numa tremenda falta de transparência e num trajecto monopolista e rentista dos cuidados aos idosos", algo que diz ser "normal" na governação do PSD-M, "que constrói com dinheiro público, para depois fazer negócio para entrega ao grupos privados". 

O Bloco de Esquerda defende: "Um inquérito a todo o processo de privatização do Lar da Bela Vista pelo Governo Regional, numa altura em que o PRR prevê milhões de euros para a área dos cuidados; A reversão imediata desta privatização; A criação de uma rede pública de cuidados que assegure a todas e todos os madeirenses e suas famílias a assistência devida na velhice; Que o Hospital Central do Funchal seja convertido num lar e integrado na rede de cuidados continuados, após a abertura do novo hospital".