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Madeira

Trabalhadores da Carristur na Madeira aderem à greve nacional

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A greve de 24 horas dos trabalhadores da Carristur, empresa da transportadora Carris que presta serviços de turismo e formação, decorre "com forte adesão" e "está a corresponder aos objetivos", anunciou hoje o sindicato.

Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), para reivindicar o aumento salarial e a redução do horário de trabalho, a greve iniciou-se às 00:00 e termina às 24:00 de hoje.

"Está a decorrer com uma forte adesão dos trabalhadores, particularmente em Lisboa, na Madeira e no Porto. E, portanto, está a corresponder aos objetivos pelos quais ela foi convocada", disse à Lusa Manuel Leal, do STRUP.

Sem revelar números, o sindicalista apontou "uma percentagem elevada" de adesão.

"Na Madeira, só foi assegurado um serviço. Em Lisboa, dos 16 serviços que deveriam ter sido assegurados no período da manhã, só foram realizados cinco", indicou.

No domingo -- e à semelhança do que vem acontecendo desde o dia 20 --, os trabalhadores voltam à greve parcial, que afeta as três primeiras e as três últimas horas do dia de trabalho, protesto que se manterá até haver evolução nas negociações com a empresa, segundo Manuel Leal.

Os trabalhadores (em geral) da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital, cumpriram uma greve parcial entre os dias 15 e 19, exigindo melhores condições de trabalho, incluindo um aumento de 100 euros na tabela salarial e a redução do horário para as 35 horas semanais, incluindo os tempos de deslocação no horário de trabalho, e a atualização dos valores do subsídio de refeição.

Como entretanto a empresa fez uma atualização de 60 euros, o sindicato pede que sejam somados 40 euros, de forma a corresponder à reivindicação de mais 100 euros na tabela.

Outra das reivindicações do STRUP é "a integração definitiva" dos trabalhadores da Carrisbus, que assegura a manutenção e reparação de autocarros e elétricos, e da Carristur, que presta serviços de turismo e formação, ambas detidas a 100% pela Carris.

A greve abrangeu inicialmente motoristas e guarda-freios, aos quais se juntaram os trabalhadores das oficinas da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital.

Naquele período, o STRUP contabilizou "uma adesão superior a 90%" e "algumas situações de paralisação de turnos, na ordem dos 100%".

Segundo a Carris, a adesão à greve parcial foi, em média, de 3,3% no universo global" da empresa.

Entre os tripulantes a adesão "foi de 27,6%, o que determinou supressões no serviço público, em média, entre os 5,5% e os 10%", indicou a empresa.

Caso a Carris não corresponda às suas reivindicações, o STRUP desencadeará um pré-aviso de greve de 24 horas para 18 de setembro, abrangendo todos os setores da empresa.