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O que é um veículo clássico?

Clássicos na Magnólia, 27 de Julho de 2024
Clássicos na Magnólia, 27 de Julho de 2024
, Foto Hélder Santos / ASPRESS

Decorre este fim-de-semana, 27 e 28 de Julho, a 5.ª edição do Clássicos na Magnólia, evento que junta diversa animação temática à mostra de veículos clássicos. Uma exposição com curadoria, que este ano se centra em carros e motas da primeira metade dos anos 50 do século passado.

Mas, afinal, qual é a definição de um veículo clássico?

Efectivamente, a idade de um veículo pouco tem a ver com o facto de ser considerado, ou não, um clássico. Outras definições são atribuídas quando o parâmetro passa por quantos anos tem determinado veículo. Poderá ser um veículo antigo, ou, a definição mais consensual será a de Veículo Histórico.

Veículo antigo é uma definição objectiva, que se refere somente à idade do mesmo. Já a definição de Veículo Histórico é referente a veículos de estrada accionados mecanicamente que têm, pelo menos, 30 anos de idade, e que estão conversados e mantidos em condições correctas de um ponto de vista histórico.

Veículo Histórico é a definição da FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos) aceite pela Comissão Europeia, e que deverá progressivamente ser adoptada pelos diversos países. Diz respeito a veículos que não são utilizados como meio de transporte no dia-a-dia e que fazem parte da herança técnica e cultural.

São várias as categorias FIVA de Veículos Históricos, consoante a data de construção dos mesmos:

Categoria A / Pioneiros – antes de 31 de Dezembro de 1904

Categoria B / Veteranos – 1905 a 1918

Categoria C / Vintage – 1919 a 1930

Categoria D / Pós-Vintage – 1931 a 1945

Categoria E / Pós-Guerra – 1946 a 1960

Categoria F – 1961 a 1970

Categoria G – 1971 a 1980

Categoria H – 1981 a 1990

Futuros Clássicos – construídos a partir de 1 de Janeiro de 1991 e com mais de 20 anos

A FIVA determina, também, diferentes classes, consoante o estado ou condição dos veículos.

Classe 1 – Autênticos
Veículo tal como foi produzido originalmente, pouco deteriorado, em estado original, incluindo acabamentos interiores e exteriores, com excepção dos pneus, velas, bateria e outros elementos perecíveis.

Classe 2 – Originais
Veículo utilizado sem nunca ter sido restaurado, dispondo de um historial contínuo, em estado original, embora eventualmente deteriorado. As peças que se deterioram normalmente pelo uso podem ser substituídas por peças com a especificação da época. A pintura, pormenores exteriores e estofos podem ter sido oportunamente refeitos.

Classe 3 – Restaurado
Um veículo, totalmente ou parcialmente desmontado, reparado e montado de novo, com pequenas alterações relativamente às especificações de origem do construtor em caso de indisponibilidade de peças ou materiais. As peças de origem do construtor devem ser utilizadas, sempre que disponíveis, mas podem ser substituídas por outras com a mesma especificação. Os acabamentos interiores e exteriores podem ser recentes, mas dentro do possível, de acordo com as especificações da época.

Classe 4 – Reconstruídos
Peças de um ou mais veículos dum mesmo modelo ou tipo, montadas num só veículo o mais possível de acordo com as especificações do construtor. As peças podem ser fabricadas durante a reconstrução ou feitas fora do período (tais como carroçaria, bloco do motor, culassa ou qualquer outra peça que não contenha identificação). Acabamentos interiores e exteriores devem estar de acordo com as especificações da época.

Definição de Veículo Clássico

A definição de Veículo Clássico é mais abrangente. Por clássico entende-se algo que não passa de moda, devido às suas características intrínsecas de qualidade técnica, ou até estética; pela importância histórica e exclusividade; e, mesmo, pela sua relevância afectiva.

Nesta definição, a idade do veículo pouco, ou nada, conta, já que existem automóveis e motos em produção actual que podem já ser incluídos nesta categoria. Como exemplo temos os Morgan e as Bimota.

Alguns dos veículos que podem ser abrangidos nesta classificação serão antigos apenas dentro de algumas décadas. Outros, poderão até vir a ser considerados históricos. Incluindo-se na definição de Veículo Clássico, todos são extraordinários pela forma como se distinguem da produção corrente de veículos motorizados.

Curiosidade:

O conceito de ‘Clássico’ aplicado a veículos generalizou-se com o aparecimento, em 1973, da revista inglesa Thoroughbred & Classic Cars.

Fonte: ACP Clássicos