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Madeira

Falta de agentes na PSP da Madeira preocupa CHEGA

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Francisco Gomes, deputado do CHEGA na Assembleia da República, aponta para o que acredita ser um agravamento preocupante das condições de trabalho da Polícia de Segurança Pública na Região. Na sequência de contactos que tem mantido com vários agentes que trabalham na Madeira, o parlamentar teme que aquelas forças de segurança estão a atingir um ponto de rutura, que é já evidente na dificuldade que têm vindo a sentir para fazer frente às exigências cada vez maiores.

“Temos alertado para a situação explosiva que está instalada na PSP e tememos que a inatividade da Administração Interna quanto à necessidade urgente de meios humanos no comando da Madeira apenas tem contribuído para o agravamento da situação. O futuro próximo não é risonho e podemos estar perto de situações muito complicadas", refere em nota emitida à imprensa. 

Mais especificamente, Francisco Gomes sublinha assuntos que lhe têm sido referidos por profissionais da PSP, tais como a ausência de patrulhamento na via rápida, patrulhamento insuficiente no Funchal, trânsito caótico, aumento da desordem pública e agravamento da criminalidade, incluindo aquela que envolve agressões físicas e recurso a armas brancas. O deputado também nota que foi informado do possível desmantelamento de uma equipa BIR para compensar faltas noutros serviços.

Os insuficientes recursos humanos que existem estão a ser esticados ao máximo, mas é claro que nem o elevado profissionalismo dos agentes é suficiente para pôr cobro ao aumento significativo do trânsito e da criminalidade. Simplesmente, não é possível mais capacidade de resposta sem a alocação de mais recursos humanos. Quem sofre com isto é a população, cada vez mais desprotegida.” Francisco Gomes 

A concluir, Francisco Gomes lamenta quem insiste na ideia de que as condições de segurança na Madeira estão garantidas e que não há razões para alarme. O deputado do CHEGA observa que tais atitudes não só não correspondem à realidade, mas também têm contribuído para a passividade da Administração Interna quanto às necessidades urgentes do comando da PSP na Madeira.

Dizer que está tudo bem pode ser importante para o turismo e para o discurso político. Mas, quem anda no terreno e ouve os agentes, sabe que a história é diferente. Talvez certa classe política, na Madeira e na República, só enfrente a realidade quando for demasiado tarde e a Região estiver num ponto ainda mais lamentável de desorganização e criminalidade. É para lá que caminhamos a passos largos e não é por culpa dos agentes, que já muito fazem".  Francisco Gomes