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Consequências da guerra na Ucrânia afectam todos os países, diz Borrell

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O chefe da diplomacia da UE disse hoje que as consequências da guerra na Ucrânia afetam todos os países, durante uma reunião no Laos com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Sudeste Asiático.

"Estou ciente de que a agressão da Rússia contra a Ucrânia pode parecer muito distante da Ásia, mas as consequências, seja sob a forma de inflação ou de aumento dos preços dos alimentos e do petróleo, são sentidas por todas as nossas populações", afirmou Josep Borrell, no discurso de abertura da reunião.

O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança afirmou que a "luta ucraniana é existencial" para a Europa e atacou a Rússia pelos "esforços para espalhar a desinformação".

"A UE está a fazer tudo o que está ao seu alcance para apoiar os esforços da Ucrânia para manter a integridade territorial e condena os atos de violência infligidos pelas forças russas contra a população civil", disse Borrell, que deverá encontrar-se com o homólogo russo, Sergei Lavrov, numa reunião multilateral no sábado.

Vários países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) têm boas relações com Moscovo e estas não foram afetadas pelo conflito armado na Europa.

Em Vienciana, o representante da UE reconheceu a importância da parceria com a ASEAN em termos de "comércio, segurança e ambiente", entre outros domínios, e apontou o bloco europeu como um exemplo do "poder unificador da integração regional".

"Parece um paradoxo, mas abdicar da soberania em algumas áreas permite que os pequenos países tenham um papel mais influente no mundo, muito mais do que podiam ter de outra forma", afirmou Borrell, numa altura em que a ASEAN trabalha para completar a integração económica até 2025.

Fundada em 1967, a ASEAN integra Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Vietname e Birmânia, tendo estabelecido um roteiro para a inclusão de Timor-Leste.

O bloco do Sudeste Asiático tem uma população de cerca de 647 milhões de habitantes e aspira a aumentar o produto interno bruto (PIB) conjunto para 4,7 biliões de dólares (4,3 biliões de euros) até 2025, tornando-se a quarta maior potência económica do mundo.