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Ministra do Trabalho da Espanha defende emprego verde em evento do G20 no Brasil

FOTO DR
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A segunda vice-presidente e ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha, Yolanda Díaz, disse ontem que a única forma de enfrentar a crise climática é criar empregos verdes, durante um fórum ministerial do G20 no Brasil.

Segundo comunicado divulgado pelo Governo espanhol, a ministra defendeu medidas para enfrentar as alterações climáticas no local de trabalho de uma forma que não prejudique os trabalhadores e citou algumas iniciativas que foram tomadas em Espanha.

"A única transição ecológica possível é aquela que coloca no centro a justiça social e as necessidades das maiorias sociais", afirmou Yolanda Díaz neste fórum convocado para debater estratégias que permitam alcançar uma transição justa e contribuir eficazmente para o combate às alterações climáticas na perspetiva do mundo do trabalho.

"A única forma de enfrentar a crise climática é criar empregos verdes, expandir os direitos laborais e sociais e proteger aqueles que mais precisam", acrescentou.

Segundo Yolanda Díaz, o papel dos Governos, face à transição ecológica, é promover quadros regulamentares que protejam os trabalhadores e lhes forneçam as ferramentas necessárias para avançar para novos ambientes de trabalho de forma garantida e segura.

A ministra espanhola citou que é necessário estabelecer como prioridade a necessidade de atender trabalhadores "em caso de possíveis encerramentos de minas e centrais de carvão", dando-lhes "a formação necessária para que possam aceder a novos empregos".

Da mesma forma, mencionou algumas medidas promovidas pelo executivo do seu país que combinam saúde ocupacional e alterações climáticas, como a adaptação da legislação para proteger os trabalhadores contra o aumento térmico ou fenómenos climáticos extremos.

Os ministros do Trabalho e Emprego dos países do G20, fórum que reúne as maiores economias do planeta, reúnem-se hoje e sexta-feira em Fortaleza, em paralelo com a reunião de ministros das Finanças que acontece no Rio de Janeiro.

O Brasil, que ocupa a presidência rotativa do G20, estabeleceu como principais objetivos do seu mandato uma agenda que prioriza a redução das desigualdades, acelerando a agenda ambiental e reformando as instituições de governança global. 

O G20 é constituído pelas 19 principais economias do mundo: Estados Unidos, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, e ainda pela União Europeia e União Africana.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização, assim como a Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).