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Tribunal brasileiro desiste de enviar observadores às presidenciais na Venezuela

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Foto MIGUEL GUTIERREZ/EPA

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil decidiu não enviar observadores para acompanhar as presidenciais na Venezuela devido a declarações consideradas falsas sobre as urnas eletrónicas brasileiras, noticiou hoje a imprensa local.

A decisão foi tomada devido às acusações que o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez contra o sistema eleitoral brasileiro, segundo o portal de notícias brasileiro G1.

"Em face de falsas declarações contra as urnas eletrónicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender o convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", afirmou o TSE num comunicado, divulgado na quarta-feira à noite, citado pelo G1.

O TSE decidiu na semana passada que iria enviar os observadores para as eleições presidenciais na Venezuela.

Nos últimos dias, Maduro elevou o tom da campanha e atacou mesmo o Brasil, após o Presidente brasileiro, Lula da Silva, ter dito que estava assustado com algumas declarações do chefe de Estado venezuelano.

Nicolás Maduro recomendou "chá de camomila" para quem estivesse preocupado e, posteriormente, atacou o sistema eleitoral brasileir, sem apresentar provas, dizendo que os resultados das urnas eletrónicas do Brasil não são auditados.

O chefe de Estado venezuelano está na corrida eleitoral para tentar alcançar o seu terceiro mandato presidencial, que é de seis anos.

As eleições presidenciais venezuelanas acontecem no domingo e irão participar dez candidatos ao cargo. O principal concorrente de Maduro (do Partido Socialista Unido da Venezuela/PSUV) é o opositor Edmundo González Urritia (da Mesa de Unidade Democrática/MUD).