Chega quer Porto Santo como alternante ao Aeroporto da Madeira
Francisco Gomes, deputado do Chega, questionou, hoje, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no sentido de indagar "se o Governo da nacional está disposto a desenvolver diligências junto das entidades competentes para assegurar que o Aeroporto do Porto Santo é oficialmente identificado como alternante ao aeroporto da Madeira, constante no plano de voo".
Adicionalmente, o parlamentar eleito pela Madeira quer apurar "se o Governo da República está disponível para financiar a instalação, no Porto Santo, de um sistema de aproximação e aterragem de precisão de possibilite baixar os limites de altitude para aproximações visuais dos mil pés para os trezentos pés".
As questões foram colocadas ao ministro numa audição que decorreu esta manhã na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República.
O deputado do Chega-Madeira considerou, na ocasião, que "tais alterações são fundamentais para garantir uma gestão mais eficiente dos voos para a Região, em especial quando o aeroporto da Madeira está condicionado por ventos fortes".
“Enquanto a questão dos limites de vento do aeroporto da Madeira, já de si caricata, não é ultrapassada, é importante encontrar uma alternativa que minimize os impactos para a economia. Essa solução pode passar pela identificação do Porto Santo como alternante e pela criação de um circuito de apoio que traga os passageiros dos voos divergidos da ilha vizinha para a Madeira”, argumentou Francisco Gomes.
Segundo o deputado do Chega, "a identificação do Porto Santo como alternante foi apontada pelo próprio Governo Regional em 2017 e, mais recentemente, em 2023. Todavia, não foram dados passos nesse sentido, uma situação que não se prende só com a vontade regional, mas requer a intervenção da República junto das entidades competentes".
“A pista do Porto Santo, com os seus três mil metros e orientada a norte, tem as características técnicas necessárias. Além disso, as companhias que já a usaram como alternante nunca incorreram em qualquer sanção. Está, assim, comprovado que aquele aeroporto pode muito bem funcionar nesse papel, até para voos internacionais”, REFORÇOU.
A concluir, Francisco Gomes incentivou o ministro das Infraestruturas a uma "maior sensibilidade ao tema da mobilidade de, e para, a Região", reforçando "a importância fundamental que as ligações aéreas têm para a sociedade e para a economia do arquipélago".
“Os madeirenses não podem ser reféns da insularidade. Porque são portugueses de primeira, e não de segunda, exigimos que a República dote os aeroportos das ferramentas necessárias para ultrapassar condicionantes que não fazem sentido, cumprindo as suas obrigações em material de coesão e continuidade territorial”, rematou.