Lula da Silva elogia Biden e diz que Brasil terá relações com quem for eleito nos EUA
O chefe de Estado brasileiro elogiou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que no domingo desistiu de concorrer à reeleição, e afirmou que o país sul-americano terá relações com quem for eleito em novembro nos EUA.
"Eu fiquei muito feliz quando o Presidente [Joe] Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele", escreveu Lula da Silva numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), que transcreve parte de uma entrevista dada a 'medias' estrangeiros.
"Somente ele [Biden] poderia decidir se iria ou não ser candidato. Agora, eles [Partido Democrata] vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la", concluiu.
A campanha de Biden já havia sido tema de comentários de Lula da Silva, que declarou abertamente a preferência pelo ex-candidato democrata ao adversário, o ex-presidente Donald Trump.
Em junho passado, o Presidente brasileiro disse ser simpático a reeleição de Biden numa entrevista a uma rádio local ao considerar que a reeleição dele seria "a certeza de que os Estados Unidos vão continuar respeitando a democracia. O Trump já deu aquela demonstração quando ele invadiu o Capitólio, que não é uma coisa correta de fazer, ele fez lá um pouco o que tentaram fazer aqui no Brasil com o golpe de 08 de janeiro".
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou no domingo a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.
O líder dos Estados Unidos disse ter "a maior honra" da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.
Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu "apoio total" à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.
Kamala Harris afirmou pretender "merecer e ganhar" a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais e derrotar o republicano Donald Trump.