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Madeira

Sindicato da Hotelaria propõe aumento salarial de 15% em 2025

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O Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Alimentação, Serviços e Similares da Região Autónoma da Madeira esteve reunido, esta tarde, em plenário de dirigentes e delegados sindicais, tendo em vista a análise as propostas reivindicativas para o próximo ano. Entre as sugestões está um aumento de 15% do salário.

Adolfo Freitas, dirigente sindical, explica que das propostas fazem parte ainda as clausulas de expressão pecuniária , com um aumento de 15%, assim como o aumento do número de dias de férias, que deverá passar para 25 dias úteis. "E no caso da hotelaria que não estejam condicionados aos meses de Fevereiro, Março e Abril ou Outubro, Novembro e Dezembro".

Defende ainda a compensação por cada domingo trabalhado. "Além do seu dia normal que tenha também um acréscimo de 25 euros por cada domingo trabalhado. Há sectores com menos influência que o turismo e estão a pagar à volta de 100 euros por mês a quem trabalha ao domingo", disse. 

Abordou, igualmente, que os seguros de saúde devem abranger todos os trabalhadores, mas também o cônjuge e os filhos menores e o pagamento de feriados a 150%.

Relativamente às categorias profissionais onde os trabalhadores associados com categorias sem enquadramento profissional (como, por exemplo, empregada de quarto, jardineiro, copeiro, roupeiro e lavador), estes devem após cinco anos de trabalho na empresa ou empresas de grupo subir para a letra imediatamente superior.

Emigrantes são "um problema que nos aflige"

Um outro assunto que preocupa o Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Alimentação, Serviços e Similares da Região Autónoma da Madeira prende-se com os trabalhadores emigrantes. "É um problema que nos aflige não pela vinda dos emigrantes porque eles são bem-vindos e podem trazer mais-valia ao sector da hotelaria e restauração porque eles podem trazer os seus usos e costumes, nomeadamente enriquecer a nossa cozinha tradicional e o serviço que é prestado", mas sim pelo facto de ter deixado de existir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) "deixando de haver a obrigatoriedade das empresas fazerem um contrato de trabalho e depositar na Direção Regional de Trabalho, que era um primeiro órgão de fiscalização".

"Queremos contribuir para que os emigrantes não sejam um alvo fácil na mão do patronato" Adolfo Freitas

Aos jornalistas explica que na Região existem "à volta de 250 trabalhadores" de 18 nacionalidades. "O grande problema também tem a ver com a língua dos próprios emigrantes. Não falam português, não dominam o inglês. Mas para os patrões é fácil é pô-los a trabalhar e pagar uma miséria", acusa o dirigente sindical.

Refere que na próxima quarta-feira vai reunir-se com a Direcção Regional de Trabalho para "encontrar soluções, para que estes emigrantes não sejam escravos de alguns patrões".

"Estamos num ano bastante fundamental de crescimento do turismo. Há razões para os trabalhadores exigirem mais e melhor do que foi o ano de 2024 em termos de aumentos salariais", conclui.