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Croácia em choque após tiroteio em lar de idosos que matou seis pessoas

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Foto AFP

A morte de seis pessoas num tiroteio num lar de idosos na Croácia suscitou hoje uma vaga de comoção no país, um crime classificado como "selvagem, sem precedente" que foi alegadamente cometido por um antigo polícia entretanto detido.

Cinco utentes e um empregado do estabelecimento foram mortos a tiro, segundo um balanço divulgado ao início da tarde de hoje pelo diretor nacional da polícia, Nikola Milina.

O presumível autor do tiroteio conseguiu fugir do local, mas acabaria por ser detido pela polícia num café perto das instalações do lar, localizado na cidade de Daruvar (centro da Croácia), segundo acrescentou o mesmo responsável.

O suspeito, apresentado por diversos 'media' locais como um antigo polícia nascido em 1973, já tinha sido detido por "distúrbios à ordem pública e violência doméstica", indicou ainda Milina.

Segundo as primeiras informações recolhidas, o homem entrou hoje de manhã no lar de idosos e abriu fogo, matando a sua mãe, entre outras vítimas mortais, e ferindo também outras pessoas.

A polícia de Daruvar, cerca de 100 quilómetros a leste de Zagreb (capital croata), foi chamada pelas 10:00 locais (09:00 em Lisboa), após ter sido informada que "um homem matou e feriu diversas pessoas a tiro num lar de idosos".

Cinco pessoas morreram no local e uma sexta no hospital.

Hoje à tarde, cerca de 30 pessoas, muitas delas familiares de utentes do lar, juntaram-se à frente da pequena casa que albergava 20 pessoas idosas.

Segundo o relato da agência AFP, a polícia limitou o acesso à zona e montou um dispositivo de segurança.

A maioria das pessoas optou por não se exprimir, mas algumas manifestaram-se hostis perante a presença da comunicação social no local.

O procurador-geral, Ivan Turudic, também recusou prestar declarações e entrou diretamente nas instalações do lar, onde a polícia científica permanecia para recolher provas.

"Para mim é difícil compreender como isto aconteceu na nossa localidade, no nosso país", afirmou o presidente do município de Daruvar, Damir Lnenicek, em declarações à televisão regional N1, sublinhando que todos os habitantes estavam em estado de choque.

"É difícil dizer qual foi o elemento despoletador, será determinado pelo inquérito", acrescentou.

Este incidente constitui um dos piores tiroteios em massa cometidos neste país balcânico de 3,8 milhões de habitantes.

"Estamos apavorados pela morte destas pessoas num lar de idosos de Daruvar", reagiu o primeiro-ministro, Andrej Plenkovic, na rede social X, numa mensagem em que também apresentou as condolências às famílias das vítimas.

"Espero que as autoridades competentes estabeleçam todas as circunstâncias deste terrível crime", acrescentou Plenkovic, que deverá dirigir-se ao país no final da tarde.

"Este crime selvagem e sem precedente cometido em Daruvar transtornou-me", escreveu, por sua vez, na rede social Facebook o Presidente croata, Zoran Milanovic.

Trata-se de uma "aterradora advertência", de um "apelo a todas as instituições competentes que tudo façam para impedir a violência na sociedade", acrescentou o chefe de Estado, ao assinalar também a necessidade de um "controlo mais rigoroso sobre a posse de armas de fogo".

Daruvar é uma cidade termal que conta com uma população de 8.500 pessoas.