Kiev reivindica ataque contra uma refinaria na Rússia
A Ucrânia assumiu hoje a responsabilidade por um ataque com 'drones' a uma refinaria no sudoeste da Rússia, país que afirma ter destruído 80 aparelhos aéreos não tripulados ucranianos desde a noite de domingo.
Uma fonte da defesa ucraniana afirmou que vários 'drones' atacaram a refinaria de Tuapse, uma cidade nas margens do Mar Negro, na região russa de Krasnodar (sudoeste), provocando um incêndio.
"A extensão dos danos está a ser clarificada", disse a fonte ucraniana, especificando que se trata de uma refinaria da gigante russa Rosneft, equipada com um terminal portuário e que quase 90% da sua produção se destina à exportação.
Na rede social Telegram, as autoridades regionais russas afirmaram, por sua vez, que o incêndio na refinaria ocorreu devido à "queda de destroços de 'drones'".
"O regime de Kiev tentou mais uma vez atacar a infraestrutura civil em Tuapse com 'drones'", disseram as fontes russas.
Cerca de uma centena de equipas de resgate foram mobilizadas para o local e controlaram as chamas ao início da manhã de hoje e, segundo informações preliminares, não há vítimas.
Paralelamente, um condutor de um trator foi morto hoje por um 'drone' e a sua mulher ficou ferida enquanto trabalhavam num campo agrícola, perto da aldeia de Ustinka, na região russa de Belgorod (oeste), segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov, que identificou o aparelho não tripulado como ucraniano.
O exército russo anunciou hoje que abateu 80 'drones' ucranianos desde a noite de domingo, incluindo 47 só na região sul de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.
Segundo essa fonte, um 'drone' foi destruído em Belgorod, um outro em Voronezh, outro em Smolensk, oito em Krasnodar e 17 nos mares Negro e de Azov.
Num comunicado separado, o exército russo acrescentou que destruiu cinco 'drones', por volta das 07:00 (05:00 Em Lisboa), sobre a região de Astrakan.
A Rússia anuncia quase diariamente que destruiu 'drones' ucranianos lançados contra o seu território.
Kiev argumenta que está a realizar estes ataques em resposta aos bombardeamentos russos que têm assolado a Ucrânia desde a invasão do país pela Rússia em fevereiro de 2022.