Foi há 12 anos que incêndios de grandes dimensões devastaram o concelho de Santa Cruz e também as Achadas da Cruz, no Porto Moniz. Dezenas de carros queimados, dezenas de desalojados, casas reduzidas a cinzas e um estado de ‘medo’ constante.

O sentimento era por muitos comparado ao medo sentido aquando do 20 de Fevereiro de 2010. Desta vez, não era a água que ameaçava os bens e as vidas das populações, mas sim o fogo.

(Re)veja as fotos captadas pelos fotojornalistas da ASPRESS

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Na edição de 22 de Julho de 2012, o DIÁRIO dava conta do rescaldo que já se fazia na zona de Gaula. Várias pessoas voluntariaram-se para ajudar a limpar e recuperar aquilo que tinha escapado ao fogo. Nessa freguesia, 10 casas ficaram destruídas e cerca de 30 pessoas foram então afectadas por essa situação.

Além das limpezas, era feita uma recolha de donativos para que fossem entregues àqueles que mais necessitavam.

A tese de fogo posto começava a materializar-se. A Polícia Judiciária assumia ter recolhido diversos artefactos que podiam ter por objectivo a ignição destes fogos: tochas na Camacha e very-lights em Santa Cruz. A população estranhava o facto de alguns fogos terem começado ‘timidamente’ num determinado local e logo terem surgido outros focos, bem perto, que avançavam a uma velocidade inimaginável.

A 21 de Julho, o fogo continuava activo, mas circunscrito nas Achadas da Cruz.