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Ministros da UE discutem invasão russa após encontro entre Orbán e Putin

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) encontram-se hoje em Bruxelas para discutir a invasão russa, em plena presidência húngara do Conselho da UE e após o polémico encontro de Orbán com Putin.

A reunião entre os governantes com a pasta da diplomacia dos 27 países da UE não tem grandes decisões previstas, mas vai servir para fazer pontos de situação sobre várias questões que preocupam o bloco comunitário.

A mais premente: invasão russa da Ucrânia, que começou há dois anos e meio. A situação no campo de batalha pode estar melhor hoje, mas o início da presidência húngara do Conselho da UE trouxe crispação ao bloco comunitário.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, encontrou-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na primeira semana da presidência rotativa e na mesma semana viajou até Moscovo para o segundo encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, desde 24 de fevereiro de 2022.

O encontro foi encarado como uma afronta para a generalidade dos países da União, e tanto o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, como o presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, alertaram que Orbán não negoceia em nome da UE.

A polémica instalada em Bruxelas já levou a anúncios de boicotes das reuniões em Budapeste, no âmbito da presidência húngara.

Na última quinta-feira, Viktor Orbán divulgou uma proposta de plano para caminhar para um cessar-fogo na Ucrânia, que incluiu o relançamento das discussões com Moscovo e o envolvimento de Pequim.

Os ministros deverão discutir esta proposta, mas não são esperadas conclusões.

Em simultâneo, os 27 deverão aprofundar os compromissos acordados na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Washington, há duas semanas.

Como é habitual desde o início da invasão russa, o homólogo ucraniano com a pasta da diplomacia, Dmytro Kuleba, vai participar na reunião por videoconferência.

Está também prevista uma discussão sobre o Médio Oriente, para discutir os avanços e recuos no alegado plano de cessar-fogo que está a ser avaliado por Telavive e pelos milicianos do Hamas, enquanto o exército israelita bombardeia o território palestiniano da Faixa de Gaza e aumenta o número de vítimas civis no enclave.