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Palma de Maiorca palco de protesto contra turismo massificado

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Pelo menos 12.000 pessoas participaram hoje num protesto em Palma de Maiorca, Espanha, contra o turismo massificado na ilha e a perda de qualidade de vida, entre outras reivindicações.

O protesto foi organizado pela plataforma "Menos Turismo, Mais Vida", formada por mais de uma centena de associações, coletivos e movimentos sociais de Maiorca e acontece dois meses depois de uma manifestação semelhante ocorrida em maio.

Os organizadores falam na presença de 50.000 pessoas, mas a Polícia Nacional contabilizou cerca de 12.000, e o protesto aconteceu na época alta do turismo na zona balnear de Espanha.

A manifestação é descrita como "um ponto de viragem, um murro na mesa e o início de outras ações de mobilização nas quatro ilhas [Menorca, Maiorca, Formentera e Ibiza], não só em Maiorca, que se estenderão além do verão", afirmou o porta-voz daquela plataforma, Pere Joana Femenia, citado pela agência Efe.

Limitar o número de voos, de cruzeiros, do aluguer de automóveis e de casas para férias, além de regular a compra de habitação para não residentes são algumas medidas defendidas pela plataforma.

Apesar do peso na economia, as populações de regiões espanholas com mais turismo têm-se manifestado nos últimos meses por causa daquilo que consideram ser uma saturação da atividade, com esgotamento de recursos ou impactos graves no mercado da habitação.

Espanha é o segundo destino turístico do mundo, depois de França, e recebeu 86 milhões de visitantes estrangeiros em 2023, segundo estatísticas oficiais.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística revelam que o turismo representou 11,6% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol em 2022 e gerou mais de 1,9 milhões de postos de trabalho no mesmo ano.