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Serviços Secretos negaram pedidos de mais segurança para Trump

Foto Kent Nishimura/AFP
Foto Kent Nishimura/AFP

Altos funcionários dos Serviços Secretos norte-americanos negaram repetidamente pedidos de mais recursos e pessoal para a segurança do ex-Presidente Donald Trump nos dois anos anteriores à sua tentativa de assassínio, segundo os jornais Washington Post e New York Times.

Os agentes encarregados de proteger o político republicano e candidato nas eleições presidenciais de novembro solicitaram magnetómetros, mais agentes para analisar os participantes dos grandes eventos em que Trump esteve presente, bem como atiradores adicionais e equipamento especializado, disseram quatro fontes ao Washington Post. Os pedidos foram frequentemente rejeitados por altos funcionários dos Serviços Secretos, que indicaram várias razões, incluindo a falta de recursos.

O New York Times afirmou por seu lado que duas fontes, que falaram sob condição de anonimato, confirmaram que a campanha de Trump tinha pedido recursos adicionais durante a maior parte do tempo em que o político republicano esteve fora do cargo na Casa Branca. Após a publicação desta informação, o porta-voz dos serviços secretos, Anthony Guglielmi, disse ao jornal que novas informações indicam que alguns pedidos podem ter sido negados e que a documentação estava a ser analisada. "Todos os dias trabalhamos num ambiente dinâmico de ameaças para garantir que os nossos protegidos estão seguros em vários eventos, viagens e outros ambientes difíceis", referiu, acrescentando: "Executámos uma estratégia abrangente e por níveis para equilibrar pessoal, tecnologia e necessidades operacionais especializadas".

Após a tentativa de assassínio contra Donald Trump perpetrada por um jovem de 20 anos num comício em Butler (Pensilvânia), que alvejou o ex-Presidente (2017-2021) com uma espingarda de assalto a cerca de 150 metros do palco, Guglielmi disse que a afirmação de que um membro da equipa de segurança do ex-líder da Casa Branca solicitou meios de segurança adicionais que os Serviços Secretos rejeitaram era "absolutamente falsa".

Os Serviços Secretos estão a ser fortemente questionados por possíveis falhas de segurança no evento em que Trump foi ferido numa orelha por uma bala que falhou a cabeça por seis milímetros. Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas pelos disparos do jovem, que foi morto momentos depois. A diretora dos Serviços Secretos, Kimberly Cheatle, vai comparecer no Congresso na segunda-feira para responder às perguntas dos representantes sobre o sucedido.