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Madeira

ADN lamenta que se festeje impunidade à justiça "da corrupção, o compadrio e o tráfico de influências"

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Foto Miguel Espada/ Aspress
O partido ADN Madeira lamenta que na ilha com a maior taxa de risco de pobreza do País, onde mais de 60 mil pessoas ficarão mais pobres em breve e cerca de 8 mil madeirenses e porto-santenses já estão no limiar da pobreza, existam vários milhares de seus conterrâneos, algures numa herdade desta RAM festejando o facto da corrupção, o compadrio e o tráfico de influências saírem impunes à justiça que se rege apenas àqueles que honestamente trabalham e descontam para alimentar este sistema e por outro lado protege outros que se escondem atrás das imunidades parlamentares e que dizem ser 'normal' a pobreza na RAM.

 Foi esta a posição manifestada pelo coordenador da Alternativa Democrática Nacional (ADN) no dia da festa maior do PSD/Madeira, que decorre este domingo na Herdade do Chão da Lagoa. 

O ADN aponta que, "infelizmente as eleições regionais de Setembro 2023 e, posteriormente, as de Maio 2024, nada de novo trouxeram e a Madeira em nada mudou para melhor".

"Tudo ficou como estava em termos políticos e seguramente muito pior no que diz respeito à sociedade em geral, pois os nossos jovens vão ter de continuar emigrando em busca de condições laborais, constituição de família e acesso a alojamento acessível, algo inexistente na ilha que os viu nascer e crescer, enquanto por outro lado somos 'invadidos' por imensa (precária) mão-de-obra estrangeira e investidores oligarcas", criticou Miguel Pita, citado em nota de imprensa.

O ADN acusa também o Governo Regional de discriminar os funcionários do sector privado em prol dos que trabalham para o público, referindo-se ao subsídio de insularidade. "Todos os madeirenses e porto-santenses trabalham, pagam impostos e descontam de igual forma para o mesmo Orçamento Regional, logo deveriam ter os mesmos direitos, regalias e benefícios sociais", defende Miguel Pita.

O partido alerta, por outro lado, que iremos continuar a assistir "à contratação e concessão do nossos bens patrimoniais aos mesmos privados do costume que pertencem ao regime".

Eles que beneficiam do investimento público em requalificações de milhões euros e por 'coincidência' ganham os (supostos) concursos públicos internacionais, posteriormente pagam rendas baixas, inflacionam os preços, alteram as regras conforme lhes convém e impõem as condições que lhes são mais favoráveis durante 50 anos

Como exemplos dessa "triste realidade", o ADN indica "as várias Marinas da RAM". "A do Funchal será a próxima, assim como o próximo teleférico da RAM [no Curral das Freitas], que será uma autêntica aberração e constituirá um verdadeiro atentado ao Património Natural Mundial", complementa.

Por estes motivos, o ADN questiona "qual o verdadeiro motivo ou razão da 'festa' que hoje se assiste no Chão da Lagoa?". "Será pelo facto da Procuradora Geral da Republica Dra. Lucília Gago, estar em final de mandato e já existe o seu sucessor que será 'nomeado a dedo?'", atira.