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Biden "significativamente melhor" de sintomas de covid-19

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, "melhorou significativamente" dos sintomas de covid-19, face às últimas 24 horas, mas continuará a fazer tratamento, indicou ontem o médico da Casa Branca.

O Presidente continua a tossir e a ter a voz rouca, mas estes sintomas "melhoraram significativamente em comparação com ontem [quinta-feira]", disse Kevin O'Connor num relatório divulgado pela Casa Branca.

"O seu pulso, tensão arterial, frequência respiratória e temperatura permanecem absolutamente normais", diz o relatório.

Além disso, os seus pulmões permanecem limpos e foram realizados exames de sangue que deram resultados normais, descartando qualquer tipo de anemia ou evidência de infeção bacteriana.

O Presidente está em isolamento desde quarta-feira à noite na sua residência em Delaware.

O médico explicou ainda que Biden tomou esta manhã a quarta dose do antiviral Paxlovid, usado para combater os sintomas da covid-19.

O Presidente iniciou o tratamento na quarta-feira, assim que foi diagnosticado.

Hoje, numa declaração em que criticou o discurso do ex-presidente Donald Trump na Convenção Nacional Republicana, Biden disse que está "ansioso para voltar à campanha na próxima semana".

O anúncio do regresso à campanha eleitoral foi feito num momento em que mais de 30 legisladores democratas pedem que Biden desista da corrida à Casa Branca.

O apelo à retirada de Biden surgiu após o debate de 27 de junho contra Trump, no qual o chefe de Estado, que aos 81 anos é o Presidente mais velho da história do país, projetou uma imagem envelhecida e teve dificuldade em concluir algumas frases. 

Do total de 31 legisladores democratas que pedem que Biden "passe o testemunho" a um candidato mais novo, 28 são congressistas e três são senadores.

Este fluxo de legisladores aumenta a pressão sobre Biden, que viu o seu apoio entre figuras importantes do partido vacilar nas últimas horas.

Conforme noticiado na quinta-feira pelo jornal The Washington Post, o ex-presidente Barack Obama disse ao seu círculo próximo que Biden deveria "reconsiderar seriamente" o futuro da sua candidatura.