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Israel diz que matou 900 milicianos na operação em Rafah

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Foto EPA

O chefe do Estado-Maior israelita disse hoje que as tropas israelitas mataram pelo menos 900 milicianos palestinianos em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, onde prosseguem uma ofensiva há mais de um mês.

"Mais de 900 terroristas mortos, incluindo comandantes, pelo menos um comandante de batalhão, muitos comandantes de companhia e muitos operacionais", disse o tenente-general Herzi Halevi às tropas israelitas durante uma visita a uma base logística avançada na Faixa de Gaza.

Halevi disse ter visto com os seus próprios olhos que "mais de 900" alegados "terroristas", incluindo "muitos comandantes" e outros altos responsáveis, foram mortos durante a operação em grande escala das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Rafah, que foi questionada pela comunidade internacional pelas graves consequências humanitárias que causou.

O chefe do Estado-Maior também advertiu que esta operação "será longa" porque o seu objetivo é acabar com toda a infraestrutura do grupo islamita Hamas presente na cidade que faz fronteira com o Egito.

"Leva tempo, é por isso que esta é uma longa campanha, porque queremos deixar Rafah sem infraestruturas", disse.

Após três semanas de intensos bombardeamentos, em resposta ao ataque do Hamas a 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, o exército de Telavive lançou uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza a 27 de outubro, deslocando-se progressivamente para o sul do pequeno enclave e ordenando a evacuação das zonas visadas.

Em maio, o exército israelita tinha declarado que ia lançar uma operação em Rafah, no extremo sul do território palestiniano, para eliminar os últimos batalhões do Hamas.

O ataque de 07 de outubro do Hamas no sul de Israel provocou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva militar em Gaza que o Hamas afirma que já provocou pelo menos 37.925 mortes no enclave.