Pedro Nuno acusa PM de "fracasso" sobre forças de segurança e lembra promessas eleitorais
O líder do PS acusou hoje o primeiro-ministro de fracassar na capacidade de chegar a acordo com as forças de segurança, uma das "grandes promessas" eleitorais de Luís Montenegro, e acusou o Chega de aproveitamento irresponsável da situação.
"Preocupa-me que não haja acordo. [...] Esta tinha sido mesmo uma das grandes promessas do atual primeiro-ministro em campanha, que em pouco tempo resolveria a situação com as forças de segurança. Aquilo a que estamos a assistir é ao fracasso desse anúncio", respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas.
Em causa as declarações de hoje do primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando afirmou que o Governo não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez "um esforço medonho" e não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira".
"Estamos a assistir a uma assertividade que deve existir, mas que não existiu durante a campanha. Lembro-me bem do debate que nós tivemos e que foi alvo de pressão pelas forças de segurança e não tivemos da parte do atual primeiro-ministro nenhuma resposta assertiva na defesa da autoridade republicana do estado português", criticou.
Para Pedro Nuno Santos, o argumento da capacidade orçamental é importante e o PS não o desvaloriza, mas disse ser a "primeira vez" que o ouve desde que este Governo tomou posse, recordando "uma catadupa de medidas com elevado custo orçamental".
O líder do PS fez ainda uma "condenação total do aproveitamento do Chega" deste impasse, considerando que "não sossega ninguém" e que o apelo do presidente do partido, André Ventura, para que as forças de segurança fossem ao parlamento na quinta-feira mostrar o seu desagrado "é irresponsável".