Cidadão alemão condenado à morte na Bielorrússia por "ato de terrorismo"
Um cidadão alemão foi condenado à morte na Bielorrússia, o único país europeu que ainda aplica a pena capital, após ter sido designadamente acusado de "ato de terrorismo" e atividade de mercenário, indicou hoje a ONG Viasna.
Segundo a organização não-governamental (ONG), o caso está relacionado com o regimento Kastus Kalinouski, integrado por bielorrussos que combatem o Exército russo ao lado da Ucrânia.
A Viasna afirmou que o cidadão alemão, identificado como Rico Krieger, foi visado por seis atas de acusação, designadamente "atividade de mercenário", "ato de terrorismo" e "criação de uma organização extremista".
Foi ainda acusado de envolvimento em "explosões" na Bielorrússia, indicou a Viasna, que informou não possuir mais informações sobre o caso.
A ONG, proibida na Bielorrússia e cujo fundador e prémio Nobel da Paz 2002 Ales Bialiatski está detido, disse não possuir informações precisas sobre as acusações emitidas contra Krieger.
Apenas recordou que o cidadão alemão está detido desde novembro de 2023.
Na sequência da invasão russa da Ucrânia, apoiada pelo regime do Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, diversas pessoas foram detidas na Bielorrússia e acusadas de atos de sabotagem a favor da Ucrânia.
As execuções, por fuzilamento, decorrem em segredo na Bielorrússia. A data das execuções não é divulgada, os corpos dos prisioneiros não são restituídos às famílias e não é emitida qualquer informação sobre o local onde foram enterrados.
As execuções apenas são aplicadas a homens, que geralmente são acusados de diversos assassinatos.