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Orçamento Regional Madeira

“Há muito dinheiro gasto onde não é necessário”

Paulo Cafôfo, líder do PS, na intervenção antes da votação final global do ORAM2024

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Foto Hélder Santos/ASPRESS

Paulo Cafôfo, líder do PS-M, começou a intervenção dirigindo-se aos presentes – secretários das Finanças e da Educação, Rogério Gouveia e Jorge Carvalho – mas também “ao senhor presidente do Governo Regional ausente”.

Feito o reparo, admitiu que a “expectativa era grande” relativamente à proposta de Orçamento, um Orçamento que começou por ser “tardiamente agendado para o dia 6 de Fevereiro. “Nunca se compreendeu o por quê deste atraso”. Depois veio a crise política e, por interesses estratégicos do Governo e do PSD, o orçamento foi retirado.

No rescaldo das eleições Regionais antecipadas, em Maio, reafirma que “o PS assumiu o seu lugar na oposição com toda a humildade e com toda a responsabilidade”.

Feita a cronologia dos acontecimentos no primeiro semestre do ano, Paulo Cafôfo mantém a convicção relativamente à proposta de Orçamento do Governo Regional: “Há muito dinheiro gasto onde não é necessário”.

Lembra que o PS apresentou várias propostas com responsabilidade para melhorar a vida dos madeirenses e porto-santenses, ao reclamar “urgência que a Região tenha um novo desenvolvimento”.

Na intervenção muitas vezes acesa pelas ‘bocas’ vindas “dos partidos satélites”, Nuno Morna, da IL, foi dos que mais reclamou em pleno hemiciclo contra a intervenção do deputado socialista.

Paulo Cafôfo questionou: “Quais são as grandes novidades deste Orçamento Regional?”.

O líder socialista lembrou que “com a bênção do CDS, do CH e do PAN, mas também da IL” o Programa de Governo foi aprovado. Aprovação que significa que “estamos perante partidos conformados, que estão comprometidos com este regime e com a sua continuidade”, criticou.

Ao invés, “o PS demonstrou que trabalhamos para uma governação alternativa contra o populismo existente”, rematou.

Cafôfo deixou claro que da parte do PS, “estaremos sempre em oposição aos interesses instalados”, convencido que “este Orçamento não resolve as assimetrias e as desigualdades da Região”.

Tempo ainda para assumir “vergonha alheia” pelos resultados do PSD à frente do Governo.