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Madeira

PPM preocupado com pesca nas Selvagens

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O O Partido Popular Monárquico (PPM) da Madeira mostrou-se, hoje, "preocupado com as pescas que foram recentemente autorizadas na reserva natural das ilhas Selvagens".

"Tendo em conta as notícias que surgiram que dão conta que as pescas não irão servir só para investigação, mas também para comercialização do pescado", os monárquicos anteveem que "futuramente irá ser autorizada a pesca livre numa das maiores reservas marinhas do Atlântico Norte e consequentemente perder o estatuto de reserva marinha".

"Numa altura que as preocupações ambientais marinhas devem ser a nossa grande prioridade, tendo em conta que são os oceanos os grandes responsáveis pelo regulamento do clima e fundamentais para a sobrevivência de todo o tipo de vida terrestre, urge que se tomem mais medidas de forma a preservar, tanto os oceanos e toda a vida marinha e não permitir este tipo de situações que se pode entender com o início de um crime ambiental a uma área protegida", defende em contrapartida o coordenador regional do PPM, Paulo Brito, citado em comunicado de imprensa.

Em causa está o anúncio do Governo Regional de que está a estudar se a captura de atum e gaiado coloca em causa, ou não, a protecção integral da Área Marinha Protegida (AMP) das Selvagens.

Pesca do atum nas Selvagens só depois de estudo científico

À margem da apresentação do balanço do primeiro mês do POCIR, Miguel Albuquerque foi também questionado sobre se o Governo Regional irá permitir a pesca do atum nas Selvagens, como o Chega anunciou esta terça-feira.

O assunto que já mereceu a reprovação de associação ambientalistas.

Associação Zero contra abertura das Selvagens à pesca de atum e gaiado

A associação ambientalista Zero considerou hoje que a pesca do atum não deve ser permitida nas Ilhas Selvagens, a maior área marinha com proteção integral do Atlântico Norte, argumentando que não é uma atividade compatível com os objetivos da reserva.

Em Março de 2022, as Selvagens passaram a ser a maior área marinha com proteção integral do Atlântico Norte, depois de o executivo madeirense (PSD/CDS-PP) ter decretado o seu alargamento.

A reserva foi ampliada de 92 para 2.677 quilómetros quadrados, numa área de 12 milhas náuticas em redor das ilhas, na qual é proibida a pesca e qualquer outra atividade extrativa.