Medidas para regular o sector da habitação não convencem oposição
PS e Chega pede medidas eficazes. Ou criticam o “despesismo” ou a “falta de investimento”, responde Fino, aos socialistas
O Partido Socialista da Madeira entende que a aposta do Governo Regional para a área da habitação não é suficiente para as necessidades dos madeirenses e dos porto-santenses. Isabel Garcês lamentou que a Madeira esteja “no pódio para a aquisição e o arrendamento”, com os problemas que isso acarreta para as famílias.
Para Olga Fernandes, é preciso saber em que ponto se encontra a implementação do Plano Regional de Segurança Rodoviária. No que à Ribeira Brava concerne, a parlamentar pediu acção na resolução dos problemas na escarpa do Calhau da Lapa, falou da urgência de um auditório [promessa antiga] e abordou ainda a mobilidade com as obras necessárias no nó do Campanário.
Na resposta Pedro Fino, observou que sempre que fala no Parlamento, metade da bancada do PS “critica o despesismo” e a outra metade “pede mais investimento”. O governante disse que há uma priorização, pelo que “não será no espaço de seis meses” que todas as obras irão para o terreno.
O social-democrata Rui Marques considerou que o Orçamento da Região traz compromisso, responsabilidade e estabilidade. Focou na “humildade” com que o PSD aceitou dialogar com os outros partidos e encontrar soluções para os problemas da Região.
Em outra intervenção, Hugo Nunes, do Chega, também falou nos preços do arrendamento na Região, o que é preocupante para a população “por falta de poder financeiro”. A habitação deveria ser uma prioridade, pelo que importa, diz o parlamentar, “regular os preços do arrendamento”. “Quais as políticas públicas previstas para aumentar a habitação?”, questionou, pedindo “medidas eficazes”.
“Estamos conscientes dos problemas que afectam este sector”, assumiu o governante, dizendo que a aposta passa também por incentivar o investimento privado. Tendo mais oferta é objectivo que os preços baixem. No entanto, “não queremos fixar o valor de venda das habitações. Respeitamos a propriedade privada”, assumiu Pedro Fino.