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Madeira

Francisco Gomes recebe ACIF para diálogo sobre CINM

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Francisco Gomes deputado do CHEGA na Assembleia da República, reuniu no parlamento nacional com representantes da Associação Comercial e Industrial do Funchal. O encontro, que contou também com a presença do deputado Miguel Arruda, eleito pelo círculo dos Açores, foi usado para analisar vários assuntos referentes à sociedade e economia madeirense, especialmente aqueles que estão diretamente relacionados com o Orçamento de Estado e dependentes da relação financeira entre a Região e a República.

“O encontro com a ACIF foi importante pois permitiu discutir temas de interesse para a Região, a análise dos quais muito beneficia da visão ponderada dos profissionais da ACIF. O seu contributo é uma mais-valia para um entendimento abrangente da realidade económica da Madeira e é pena que a sua voz não seja mais ouvida por quem de direito.”

Um dos temas discutidos entre o deputado madeirense e os representantes da ACIF foi o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), o qual, segundo o deputado, tem sido tratado pela República com “desprezo” porque sucessivas lideranças políticas “ainda não perceberam a importância que o CINM tem, não isoladamente para a economia regional, mas para a economia de todo o país.”  

“O CINM é o maior e melhor instrumento de captação de investimento estrangeiro em Portugal. Porém, ainda é vítima da visão limitada de certos políticos que pensam que se trata de algo que é relevante apenas para a Madeira. É um erro, pois a maior parte da receita do CINM nem fica na Madeira.”

Segundo Francisco Gomes, as empresas registadas no CINM estão a gerar cerca de 150 milhões de euros anuais em receita fiscal, os quais não ficam na Região, mas integram as receitas globais do Estado, sendo, posteriormente, distribuídos por todo o país. A seu ver, isto comprova a “missão patriótica” do CINM, pois contribui significativamente para a economia nacional, sem receber do Estado a atenção e cuidado que merece. 

“Pela Europa toda, os governos centrais apoiam e defendem as suas praças financeiras. Em Portugal, vemos o oposto, pois a República apenas tem gerado desconfiança e instabilidade. Duvido que o mesmo acontecesse se a Zona Franca não fosse na Madeira, mas em Cascais, por exemplo.”

A concluir, Francisco Gomes exigiu seriedade da parte do governo da República na gestão das reivindicações do CINM, alertando que o país “só tem a perder se continuar a tratar este assunto com incompetência e leviandade.”

“No que toca ao CINM, parece que temos, em Portugal, não um governo da República, que defende o interesse nacional, mas três governos regionais, que não se falam e não resolvem. Isto torna-nos um país menor, menos competitivo e tem de ser resolvido com urgência.”