Mentiras, acusações e madeirenses “de primeira e de segunda”
Subsídio de Insularidade e risco de pobreza aquecem debate do ORAM/2024
O subsídio de insularidade foi um dos temas em destaque no decorrer da discussão da proposta de Orçamento Regional.
A questão foi levantada pelo deputado Nuno Morna, da IL, que considerou que a aplicação de um modelo único para o subsídio de insularidade irá agravar as disparidades entre remunerações, fazendo distinção entre “madeirenses de primeira” (os funcionários públicos) e os “madeirenses de segunda” (restantes trabalhadores).
Rogério Gouveia negou, apontando que este novo modelo “irá beneficiar precisamente quem tem rendimentos mais baixos”.
Já Carla Rosado, do PSD, trouxe uma mensagem do Porto Santo, apontando que a população daquela ilha “quer o Orçamento aprovado.
Ainda sobre o Porto Santo, Miguel Castro, do Chega, defendeu, entre outras medidas, uma “intervenção de fundo” na rede viária daquela ilha.
Outro momento ‘quente’ do debate deu-se quando Rafael Nunes, do JPP, contestou a afirmação de Rogério Gouveia, de que a Madeira já não é a Região do país com maior índice de pobreza”.
“Mais de 72 mil pessoas em risco de pobreza é normal?”, questionou o parlamentar, acusando o secretário de Finanças de mentir sobre o assunto.
“Não admito que me chame mentiroso”, atirou Rogério Gouveia.
A votação na generalidade terá lugar no final da sessão manhã de hoje.
Na sessão da tarde arranca a apreciação na especialidade das propostas do Orçamento e do PIDDAR, cujos trabalhos continuam nos dias seguintes, culminando votação na especialidade e votação final global das referidas propostas.