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Países bálticos abandonam rede eléctrica da era soviética em 2025

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A Estónia, Letónia e Lituânia anunciaram ontem que comunicaram à Rússia e à sua aliada Bielorrússia a sua intenção de se desligarem, a partir de fevereiro de 2025, da rede elétrica, que data ainda da era soviética.

Os três países bálticos, que durante décadas integraram a União Soviética, mas que agora fazem parte da União Europeia e da NATO, deram assim um passo importante no sentido da independência energética perante a Rússia.

Estes países têm tido relações tensas com Moscovo desde que recuperaram a sua independência, no início da década de 90, sendo que estes laços se deterioraram ainda mais desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"Cortaremos as últimas ligações energéticas com a Rússia", afirmou Rokas Masiulis, diretor da Litgrid, o operador estatal da rede elétrica da Lituânia, citado pela agência AFP.

O responsável indicou que nos próximos seis meses irá desligar a rede elétrica Russa e desmantelar as últimas linhas elétricas restantes.

Também representantes da operadora letã AST e da estoniana Elering anunciaram essa decisão.

Em comunicado, a operadora Elaring referiu que "os sistemas de energia dos três estados bálticos já estão prontos para sincronização de emergência a qualquer momento, se necessário".

Assim, a Estónia, Letónia e Lituânia vão desligar-se da rede russa em 07 de fevereiro, voltando a aderir à rede europeia dois dias depois.

Embora tenham declarado independência da União Soviética em 1991, as suas redes elétricas permaneceram ligadas à Rússia e à Bielorrússia.

A sua frequência é, portanto, regulada a partir da sede em Moscovo, o que significa que ainda dependem da Rússia para garantir um fluxo estável de eletricidade.

Os três países decidiram em 2018 sincronizar as suas redes elétricas com o sistema continental europeu, após obterem apoio financeiro da União Europeia.

No futuro, terão acesso à rede elétrica da União Europeia através da Polónia.