Os irmãos público e privado de costas viradas!

Por estes dias estive presente num evento privado que decorreu num espaço público maravilhoso. Escutei algumas pessoas que estiveram na organização e daí a minha carta!

Na maioria das ocasiões o sector público e o privado estão de costas viradas, em vez de promoverem a economia colaborativa com atitudes colaborativas, de cooperação, pelo contrário, promovem a competição e um é quase inimigo do outro!

Na minha opinião tem de existir uma compreensão, um entendimento e uma colaboração entre os dois sectores tão importantes na economia e vida dos madeirenses. Nem tudo tem de ser público e nem tudo tem de ser privado. Por exemplo na gestão de espaços públicos o sector privado é importante porque pode investir com criatividade, resultando uma melhor rentabilização e melhor usufruição dos espaços públicos que em algumas situações estão estagnados em termos de dinamização de atividades.

Perguntam e então as regras? Claro que tem de existir regras, o ser humano é um ser organizado e com regras (disciplina) e necessita de regras!

Elabore-se um regulamento próprio relativo ao uso dos espaços públicos verdes, culturais ou outros; discutido, aprovado na assembleia regional e publicado no JORAM. Que se enquadre qualquer atividade privada ou até mesmo pública. Um regulamento que também contemple a penalização caso o espaço seja danificado ou fique com lixo. Sejamos criativos, responsáveis, mas não sejamos castradores da iniciativa privada/particular em espaço público.

Para que serve um património seja qual for, que não pode ser usufruído pela população? Aposte-se muito na Educação (que não é somente instrução) e retiremos das nossas viagens pelo mundo fora os projetos arrojados e excelentes que servem de exemplo!

Paula Marília Figueira