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Roberta Metsola reeleita presidente do Parlamento Europeu até Janeiro de 2027

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FOTO RONALD WITTEK/EPA

A presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, foi hoje reconduzida no cargo até ao início de 2027, com uma maioria de 562 votos e por aclamação, na sessão plenária da assembleia europeia.

A reeleição ocorreu no arranque da primeira sessão plenária do novo mandato da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, com Roberta Metsola -- que foi proposta pelo Partido Popular Europeu -- a arrecadar 562 votos a favor (de um total de 623 votos válidos) e 76 brancos e nulos, entre um total de 720 eurodeputados, na primeira volta do escrutínio.

Esta é a percentagem de votos mais elevada de sempre para um presidente do Parlamento Europeu.

Contra a candidata concorreu a ex-ministra da Igualdade de Espanha, Irene Montero, proposta pela Esquerda Europeia, que recolheu 61 votos a favor.

A maltesa Roberta Metsola tornou-se presidente do Parlamento Europeu em janeiro de 2022 e assumiu o cargo de forma interina após a morte do anterior líder da instituição, David Sassoli.

Tornou-se na presidente do Parlamento Europeu mais jovem e na terceira mulher no cargo, depois de Simone Veil e de Nicole Fontaine. Foi também a primeira cidadã de Malta, o país mais pequeno da UE, a presidir a uma instituição europeia.

Hoje, aos 45 anos, a advogada de profissão volta a assumir o cargo para um mandato de dois anos e meio, até meados de janeiro de 2027.

Em 2022, foi também eleita na primeira volta com cerca de 458 votos favoráveis entre os então 705 deputados, num total de 616 votos válidos.

Antes, em julho de 2019, David Sassoli foi escolhido com 345 votos a favor na segunda volta em 667 votos válidos.

Além de Roberta Metsola, o único presidente a realizar dois mandatos foi o socialista Martin Schulz, eleito pela primeira vez em janeiro de 2012 e reeleito em julho de 2014.

A votação de hoje foi secreta e a maltesa necessitava de uma maioria absoluta dos votos válidos expressos, isto é, metade dos eurodeputados mais um (ou seja, 361 dos 720 parlamentares).

Os Tratados da UE ditam que o presidente do Parlamento Europeu dispõe de "todos os poderes necessários para presidir aos trabalhos do Parlamento e para assegurar que estes são devidamente conduzidos".

A eleição ocorreu no arranque da primeira sessão plenária deste ciclo institucional, na qual tomam posse os novos eurodeputados -- incluindo 21 portugueses -- no seguimento das eleições europeias de junho passado.

Dado o sufrágio e as recentes alterações partidárias no Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu é o que dispõe de mais lugares (188), seguido pelos Socialistas (136), pelo novo partido de extrema-direita Patriotas pela Europa (84), Conservadores e Reformistas (78) e Liberais (77), Verdes (53) e pela Esquerda (46), de acordo com a mais recente distribuição.