DNOTICIAS.PT
Madeira

Actividade económica regional reforçou trajectória de crescimento em Abril deste ano

None
Foto Shutterstock

A Direcção Regional de Estatística da Madeira dá conta, hoje, que de em Abril deste ano, a actividade económica regional  reforçou a trajectória de crescimento, depois de cinco meses consecutivos de desaceleração. O Turismo foi o sector que mais contribuiu para este feito, dado que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo de 10 camas) aumentaram 3,5%, acima dos 2,4% registados em Março anterior.

Numa nota, indica que a emissão de energia eléctrica, um indicador normalmente associado à evolução da actividade económica, cresceu 3,2%, em Abril de 2024, valor superior aos 2,7% verificados no mês anterior. A introdução no consumo de gasóleo subiu 2,2%, após ter diminuído 0,2% em Março último.

Quanto às sociedades constituídas e dissolvidas, em Abril de 2024 foram criadas 3,0 novas sociedades por cada sociedade dissolvida na Região, uma proporção superior à do mês precedente (2,4).

Os indicadores de confiança disponíveis para Abril de 2024, em comparação com o mês anterior, mostram um aumento nos sectores da indústria transformadora e dos serviços, e uma diminuição nos sectores da construção e obras públicas e do comércio.

Consumo Privado cresce

A DREM refere-se ainda ao consumo privado, recorrendo aos dados das operações da rede SIBS, com cartões emitidos por bancos nacionais. Ao observar-se o total dos montantes levantados em caixas multibanco e das compras feitas através de terminais de pagamento automático, com cartões nacionais, constatou-se um crescimento de 7,4% em Abril de 2024 (6,4% em Março anterior).

A introdução no consumo de gasolina acelerou, com a variação homóloga a crescer 10,9% em Abril de 2024 (8,6% em Março último). Por sua vez, as aquisições de automóveis novos ligeiros de passageiros por residentes decresceram 15,3% (-24,4% no mês precedente). O saldo dos empréstimos para consumo concedidos às famílias e às instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias diminuiu 13,3%, em abril de 2024, quando tinha caído 13,7% no mês anterior.

Vendas de automóveis ligeiros de mercadorias com sinal positivo

Quanto ao Investimento, os indicadores, para abril de 2024, dividem-se em dois grupos: os que apresentam sinal positivo, tais como as vendas de automóveis ligeiros de mercadorias (9,8%; 17,3% em Março anterior), a avaliação bancária de habitação (17,8%; 18,5% no mês precedente), o licenciamento de edifícios (22,2%; 21,7% no mês anterior) e a comercialização  de cimento (10,7%; -3,1% em Março último); e  os que estão em queda, como o saldo dos empréstimos concedidos às famílias para habitação (-0,7; -0,9% em Março anterior) e o saldo dos  empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (-7,7%; -6,8% em Março de 2024).

Procura Externa

Embora o comércio com o estrangeiro represente apenas uma pequena parcela do comércio global realizado pela Região (a maior parte do qual é com o Continente), é importante assinalar que, tanto as exportações (-1,5%; -13,5% em março precedente), como as importações de bens (-15,2%; -21,7% em no mês anterior) diminuíram. O movimento de mercadorias nos portos (3,5%; -1,6% no mês anterior), que é um indicador mais abrangente em relação à dinâmica do comércio exterior, acelerou face ao mês anterior. Já noutros indicadores, em abril de 2024, observa-se que a aceleração no movimento de passageiros nos aeroportos (3,6%; 2,1% em março último) está em linha com a evolução do total de levantamentos em caixas multibanco e compras por meio de terminais de pagamento automático com cartões internacionais (12,5%; 9,0% no mês precedente).

Mercado de Trabalho

Os dados provenientes dos organismos que tutelam a área do Emprego no País e na Região mostram que, em abril de 2024, verificaram-se reduções nas ofertas de emprego (-32,0%), nos pedidos de emprego (-1,4%) e também nos desempregados inscritos ao longo do mês (-1,5%).

Preços

Em Abril de 2024, a taxa de inflação homóloga, que se fixou em 3,0%, acelerou face ao mês anterior (2,4%), sendo menor nos Bens (1,6%) e maior nos Serviços (4,8%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de 3,3%.