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PAN acusa Governo de andar de "agenda em agenda" sem "execução de medidas"

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A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) quer que o primeiro-ministro explique no debate do estado da nação que reformas vai adotar no país, acusando o executivo de andar "de agenda em agenda" sem "execução de medidas".

"No próximo debate do estado da nação será importante que Luís Montenegro explique de facto que reformas é que quer efetivamente promover porque não podemos andar de agenda em agenda que é propagandeada e não termos a execução das medidas", considerou Inês Sousa Real, em declarações à agência Lusa, no âmbito do debate sobre o estado da nação que está agendado para quarta-feira no parlamento.

A deputada única do PAN alertou para o aumento do custo atual de vida, lamentou a emigração jovem, a "falta de valorização das diferentes carreiras" no país, e exigiu ao Governo que execute a Lei de Bases do Clima, aprovada no parlamento.

Em áreas como a habitação ou a saúde, Inês Sousa Real defendeu que é necessária uma visão "mais estrutural, suprapartidária, que permita que, independentemente das mudanças governativas, as pessoas tenham respostas".

No debate sobre o estado da nação, a líder do PAN antecipou que vai voltar a propor ao primeiro-ministro a audição do próximo procurador-geral da República no parlamento para que este apresente a sua agenda para a justiça e para o Ministério Público aos deputados.

"Por outro lado, para nós é fundamental, enquanto partido ambientalista, que Luís Montenegro diga o que é que vai fazer em relação à floresta. Vamos ter aí grandes incêndios, porque infelizmente sabemos que esta altura do ano é sempre muito propícia a isso, e ainda não tivemos uma visão do Governo de como é que vai valorizar os bombeiros, sejam eles profissionais ou também voluntários, e como é que vamos fazer uma reforma da floresta", salientou.

Interrogada sobre quais serão as prioridades do PAN em setembro, após a pausa para férias dos trabalhos parlamentares, Sousa Real lembrou a intenção do partido de apresentar uma proposta de referendo às touradas, e priorizou também a valorização dos salários e o alívio fiscal das famílias.

"O que foi feito é insuficiente e o Orçamento do Estado vai ter que dar resposta a isto. Este vai ser um momento definidor deste ciclo de governação, o próximo Orçamento do Estado, e para o PAN trabalharmos efetivamente em medidas que permitam, por exemplo, rever os escalões de IRS à taxa de inflação, é absolutamente fundamental. A par da questão depois dos apoios às associações de proteção animal, que têm que ver estes apoios robustecidos", salientou.

Está agendado para esta quarta-feira o debate sobre o estado da nação, o primeiro desde que o executivo minoritário PSD/CDS-PP tomou posse, que contará com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do restante elenco governativo.