GNR formou 162 elementos das forças de segurança ucranianas
A Guarda Nacional Republicana (GNR) liderou uma equipa da Força de Gendarmerie Europeia (EUROGENDFOR), selecionada pela União Europeia, que formou 162 elementos das forças de segurança ucranianas, informou hoje a guarda.
"Foi possível capacitar 162 formadores (Training of Trainers) da Polícia Nacional, da Guarda Nacional e da Academia Nacional do Ministério do Interior da Ucrânia, por forma a reforçar as suas capacidades de policiamento em zonas de território recuperado à Rússia e áreas adjacentes, libertando as Forças Armadas ucranianas para as suas funções nas frentes de combate", refere a nota da GNR.
Estes formadores ucranianos têm agora a missão de ir passando as competências adquiridas a mais de 40.000 elementos das Forças de Segurança Ucranianas.
No comunicado, a guarda adianta que a equipa especializada da EUROGENDFOR, liderada por um oficial da GNR, foi composta por quatro elementos de Portugal (GNR), dois elementos de França (Gendarmerie Nationale), dois de Espanha (Guardia Civil) e dois da Lituânia (Viesojo Saugumo Tarnyba).
A ação dividiu-se em três fases, entre janeiro e julho de 2024, e teve por objetivo a formação das forças de segurança ucranianas, capacitando-os para implementar formações direcionadas para a estabilização de ambientes de conflito.
Durante a formação foram abordadas temáticas como o policiamento em áreas de conflito, a segurança e proteção de movimentos, intervenções táticas especiais, sensibilização para o risco de engenhos explosivos, investigação de crimes internacionais, crimes de guerra e colaboradores e cuidados de emergência médica em ambiente tático.
Foram tratadas ainda questões relacionadas com a gestão de 'stress' e mitigação de perturbações pós-traumáticas, comunicação e gestão de conflitos, direitos Humanos e questões de género, comunicações e emprego e defesa contra 'drones'.
A EUROGENDFOR é uma iniciativa multinacional de Estados-Membros da União Europeia, com o objetivo de reforçar as capacidades internacionais de gestão de crises e contribuir para o desenvolvimento da Política Comum de Segurança e Defesa.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia foi lançada a 24 de fevereiro e justificada por Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.