Convenção republicana marcada para segunda-feira mantém-se com reforço de segurança
A equipa de campanha do ex-presidente Donald Trump confirmou hoje que a convenção republicana agendada para o Wisconsin a partir de segunda-feira se mantém, mas com medidas de segurança redobradas.
Em comunicado, Chris LaCivita e Susie Wiles, diretores de campanha de Donald Trump, informam que a Convenção Nacional Republicana, em que o ex-presidente será nomeado oficialmente como candidato republicano às presidenciais, vai realizar-se com o reforço das medidas de segurança no recinto, na sequência do ataque de sábado.
Os responsáveis recomendaram ao pessoal que, por precaução, se mantivesse afastado dos escritórios de campanha em Washington e Palm Beach, na Florida, "enquanto os locais são avaliados e são implementadas novas medidas de segurança".
"Instamos também ao reconhecimento da polarização política nestas eleições acaloradas. Se algo parecer errado, notifiquem imediatamente os vossos chefes ou a equipa de segurança no local", escrevem no comunicado.
Os diretores de campanha dizem estar "horrorizados" com a tentativa de assassínio do candidato presidencial norte-americano Donald Trump durante um comício de campanha em Butler, na Pensilvânia, no sábado à noite.
"É nossa esperança que este ato horrendo una a nossa equipa e a nação, e devemos renovar o nosso compromisso com a segurança e a paz para o nosso país", acrescentaram.
A propósito do ataque, o procurador de Butler manifestou-se hoje surpreso com a facilidade com que o atirador acedeu ao local.
Em declarações à estação televisiva MSNBC, Richard Goldinger refere que havia elementos da polícia no edifício onde o atirador estava, "por isso é ainda mais surpreendente que tenha conseguido chegar lá acima".
Os serviços de segurança disseram que o atirador disparou de uma posição elevada fora do perímetro do local onde decorria o comício, a cerca de 150 metros. Um vídeo publicado pelo 'site' americano TMZ mostra o atirador armado deitado no telhado de um edifício.
"Espero que a investigação esclareça como isto aconteceu, mas sim, o mais surpreendente para mim é que, embora tenhamos lá um ex-presidente, alguém possa chegar a cerca de 140 metros, subir a um telhado e disparar", insistiu o procurador.
O ex-Presidente dos EUA foi atingido a tiro numa orelha durante um comício de campanha na cidade de Butler (Pensilvânia, EUA), no sábado à noite.
Duas pessoas morreram, incluindo o alegado atirador, que foi abatido pelos serviços de segurança, e outras duas ficaram feridas.
O FBI identificou o atirador como Thomas Mathiew Crooks, de 20 anos.