Ataque israelita a escola da ONU causa 13 mortos e 70 feridos
Pelo menos 13 pessoas morreram hoje num bombardeamento israelita contra uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) no acampamento de Nuseirat, no centro de Gaza, segundo fontes médicas citadas pela agência Efe.
Além dos 13 mortos, cerca de 70 feridos chegaram ao hospital Al Awda, em Nuseirat, após o ataque, que atingiu a escola Abu Arban, na qual centenas de deslocados se refugiavam dos combates que assolam o território palestiniano, no qual mais de 38.500 pessoas perderam a vida desde que começou a guerra.
Num comunicado, o exército israelita justificou o bombardeamento contra a escola assegurando que esta "servia como esconderijo e infraestrutura de operações a partir do qual se planeavam e levavam a cabo ataques contra as forças armadas".
As forças israelitas disseram também ter tentado "mitigar o risco de ferir civis", utilizando munições de precisão e outras medidas adicionais.
"Ninguém nos contactou informando sobre a presença de milicianos ou de pessoas procuradas dentro da escola", denunciou por outro lado Adnan Abu Hasna, assessor de comunicação da UNRWA, que recordou que cerca de 550 pessoas já morreram em centros como este, fruto de ataques israelitas.
Além disso, segundo os últimos dados da agência, 197 trabalhadores da UNRWA já perderam a vida desde 07 de outubro e 188 das suas instalações foram danificadas pelos ataques.
Este ataque segue-se a um outro ataque especialmente violento, em que o exército israelita bombardeou o que designou como "zona humanitária" de Mawasi, matando cerca de 90 pessoas e ferindo outras 300, segundo notificou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.
Desde que começou a guerra, um total de 38.584 palestinianos morreram em Gaza, a maioria mulheres e crianças, e outros 88.991 ficaram feridos,
Estes números não incluem as pessoas que estão debaixo de escombros por todo o enclave.